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Ban Ki-moon pede liberdade de movimento a observadores

Plano de paz, em vigor desde no último dia 12, estipula a cessação das hostilidades, a retirada dos tanques das cidades e a libertação dos detidos de forma arbitrária

Violações ao plano de paz continuam ocorrendo, inclusive com a presença de uma primeira missão da ONU no país (AFP)

Violações ao plano de paz continuam ocorrendo, inclusive com a presença de uma primeira missão da ONU no país (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2012 às 21h43.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, solicitou nesta segunda-feira ao governo do presidente da Síria, Bashar al Assad, que ofereça plena liberdade de movimentos aos observadores militares da missão do organismo para o país (UNSMIS), durante um encontro com a imprensa na sede das Nações Unidas em Nova York.

O desdobramento dos primeiros 30 observadores da UNSMIS, que alcançará 300 militares desarmados e civis ao todo, começará a chegar ao país árabe na próxima semana, disse à agência Efe um porta-voz da ONU. A mesma fonte indicou que o envio dos agente se dará em períodos distintos: os primeiros trinta chegam no final de abril, enquanto os outros, ainda sem data prevista.

A composição da UNSMIS foi adotada em 21 de abril por unanimidade no Conselho de Segurança da ONU. O secretário-geral tem agora que apresentar ao Conselho de Segurança uma avaliação sobre a situação da Síria, sobretudo, se estão sendo cumpridas as condições do cessar-fogo estipulado pelo plano de paz do enviado especial da organização e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O plano de paz, em vigor desde no último dia 12, estipula a cessação das hostilidades, a retirada dos tanques das cidades, a libertação dos detidos de forma arbitrária e o início de um diálogo entre o governo e a oposição, entre outros pontos.

No entanto, violações ao plano de paz continuam ocorrendo, inclusive com a presença de uma primeira missão da ONU no país, composta por seis observadores militares desarmados. Eles estão na Síria desde a semana passada, preparando o terreno para a chegada dos demais.

Segundo diversos grupos opositores, nesta segunda-feira, entre 60 e 66 pessoas foram mortas pela repressão governamental em diferentes pontos do país, principalmente na província central de Hama.

Desde o início dos confrontos entre as forças governamentais do regime sírio e a oposição, há 13 meses, mais de 10 mil pessoas foram mortas na Síria, segundo dados da ONU. A organização também calcula 230 mil pessoas deslocadas internamente no país, mais de 60 mil refugiados em países limítrofes e cerca de um milhão necessitando assistência humanitária.

Já os grupos opositores anunciam 13 mil mortos, além de mais de 10 mil desaparecidos e 80 mil detidos. 

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