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Balsa é rebocada para Itália após incêndio na costa grega

Equipes de resgate da Grécia e da Itália levaram 36 horas para retirar os 477 passageiros e tripulantes do barco

Norman Atlantic: equipes de resgate da Grécia e da Itália levaram 36 horas para retirar os 477 passageiros e tripulantes do barco (Ciro De Luca/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 20h23.

Brindisi - Barcos rebocadores transportaram o casco da balsa que pegou fogo no domingo na costa da Grécia até um porto no sul da Itália nesta sexta-feira, abrindo caminho para uma investigação sobre as causas do incidente que matou pelo menos 11 pessoas.

Visivelmente inclinado para a direita, a balsa era mantida ancorada no porto de Brindisi no início da tarde, ainda fumegante.

O fogo começou num dos níveis inferiores de garagem e deixou a embarcação à deriva sem energia num mar agitado. Equipes de resgate da Grécia e da Itália levaram 36 horas para retirar os 477 passageiros e tripulantes do barco em meio a ventos fortes.

Muitos foram resgatados por helicópteros do nível mais alto da embarcação, enquanto o fogo continuava abaixo, mas dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas, incluindo imigrantes não registrados como passageiros, disseram autoridades italianas.

"Uma vez que o barco estava sem dúvidas transportando imigrantes ilegais, que estavam provavelmente escondidos, tememos que vamos encontrar mais mortos quando recuperarmos a carcaça", disse no início da semana Giuseppe Volpe, o promotor italiano que comanda as investigações sobre as causas do incêndio.

O número de desaparecidos varia nos diferentes relatos. A guarda costeira grega afirmou na quinta-feira que 18 pessoas ainda não haviam sido encontradas. Volpe disse nesta sexta-feira que o número de pessoas desaparecidas estava entre 10 e 15, tendo anteriormente dito que este número poderia chegar a 98.

Investigadores apenas serão capazes de descer aos níveis mais baixos da balsa quando a embarcação estiver completamente segura, mas gravadores da caixa-preta foram recuperados e serão examinados, disseram autoridades.

No seu discurso de fim de ano, o primeiro-ministro italiano, Marco Renzi, elogiou o trabalho de resgate e cumprimentou o capitão da embarcação, Argilio Giacomazzi, por permanecer a bordo até a retirada de todos.

No entanto, passageiros resgatados criticaram a maneira como a tripulação lidou com a emergência.

Leonidas Constantinidis, um motorista de caminhão grego com um braço enfaixado e aparentes marcas de queimadura em seu rosto, disse à Reuters que pulou ao mar para se salvar e foi resgatado por um navio mercante nas proximidades.

"De onde eu estava eu não ouvi nenhuma sirene, nenhum alarme. Nada parecia funcionar, os extintores de incêndio, nada estava funcionando", disse Constantinidis.

Seis pessoas --o capitão, três membros da tripulação, o operador do navio e o dono-- estão sendo investigados por um tribunal de Bari por homicídio múltiplo e por causar um desastre, disseram fontes judiciais nesta sexta-feira.

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Brindisi - Barcos rebocadores transportaram o casco da balsa que pegou fogo no domingo na costa da Grécia até um porto no sul da Itália nesta sexta-feira, abrindo caminho para uma investigação sobre as causas do incidente que matou pelo menos 11 pessoas.

Visivelmente inclinado para a direita, a balsa era mantida ancorada no porto de Brindisi no início da tarde, ainda fumegante.

O fogo começou num dos níveis inferiores de garagem e deixou a embarcação à deriva sem energia num mar agitado. Equipes de resgate da Grécia e da Itália levaram 36 horas para retirar os 477 passageiros e tripulantes do barco em meio a ventos fortes.

Muitos foram resgatados por helicópteros do nível mais alto da embarcação, enquanto o fogo continuava abaixo, mas dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas, incluindo imigrantes não registrados como passageiros, disseram autoridades italianas.

"Uma vez que o barco estava sem dúvidas transportando imigrantes ilegais, que estavam provavelmente escondidos, tememos que vamos encontrar mais mortos quando recuperarmos a carcaça", disse no início da semana Giuseppe Volpe, o promotor italiano que comanda as investigações sobre as causas do incêndio.

O número de desaparecidos varia nos diferentes relatos. A guarda costeira grega afirmou na quinta-feira que 18 pessoas ainda não haviam sido encontradas. Volpe disse nesta sexta-feira que o número de pessoas desaparecidas estava entre 10 e 15, tendo anteriormente dito que este número poderia chegar a 98.

Investigadores apenas serão capazes de descer aos níveis mais baixos da balsa quando a embarcação estiver completamente segura, mas gravadores da caixa-preta foram recuperados e serão examinados, disseram autoridades.

No seu discurso de fim de ano, o primeiro-ministro italiano, Marco Renzi, elogiou o trabalho de resgate e cumprimentou o capitão da embarcação, Argilio Giacomazzi, por permanecer a bordo até a retirada de todos.

No entanto, passageiros resgatados criticaram a maneira como a tripulação lidou com a emergência.

Leonidas Constantinidis, um motorista de caminhão grego com um braço enfaixado e aparentes marcas de queimadura em seu rosto, disse à Reuters que pulou ao mar para se salvar e foi resgatado por um navio mercante nas proximidades.

"De onde eu estava eu não ouvi nenhuma sirene, nenhum alarme. Nada parecia funcionar, os extintores de incêndio, nada estava funcionando", disse Constantinidis.

Seis pessoas --o capitão, três membros da tripulação, o operador do navio e o dono-- estão sendo investigados por um tribunal de Bari por homicídio múltiplo e por causar um desastre, disseram fontes judiciais nesta sexta-feira.

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