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Baixo IDH é a realidade de 1 em cada 3 pessoas no mundo

Os últimos anos foram positivos para o desenvolvimento, mas milhões ainda vivem em situação de exclusão. É o que mostra a ONU

Haiti: na região do Caribe, cerca de 24% dos meninos em idade escolar admite ter envolvimento com gangues (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Haiti: na região do Caribe, cerca de 24% dos meninos em idade escolar admite ter envolvimento com gangues (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 21 de março de 2017 às 11h49.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 14h33.

São Paulo – Embora os últimos 25 anos da humanidade tenham sido positivos para o desenvolvimento humano em todo o mundo, milhões de pessoas ainda sofrem em situação de exclusão social, com barreiras difíceis de serem ultrapassadas rumo à igualdade.

É o que mostra a edição 2016 do Relatório de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta terça-feira em Estocolmo (Suécia). Segundo essa pesquisa que avalia o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em todos os países, 1 em cada 3 pessoas enfrenta uma vida de baixo nível de desenvolvimento e cerca de 300 milhões estão em situação de pobreza.

Grupos vulneráveis

Em praticamente todos os países do mundo, há dezenas de grupos vulneráveis às desigualdades sociais, entre mulheres, indígenas, refugiados e membros da comunidade LGBTI. Como resultado, essas pessoas tendem a enfrentar maiores dificuldades para se equiparar.

Especificamente sobre as mulheres, o relatório mostra que em ao menos 100 países, elas estão excluídas de exercerem certas profissões por conta do fato de serem mulheres. Em 18, elas precisam da aprovação de seus maridos para trabalhar.

IDH

No que diz respeito ao IDH, a pesquisa conduzida pela ONU mostrou que o topo da lista dos países mais desenvolvidos segue ocupado pelos mais ricos, como Noruega, Austrália e Suíça. Entre os menos desenvolvidos, os países africanos como Burundi, Burkina Faso e Chade ainda enfrentam as piores condições de vida.

América Latina e Caribe

Na região da América Latina e Caribe, a atual edição do relatório focou na situação das mulheres e constatou que esse grupo tende a ser o mais pobre nestes países. Apenas 28% dos assentos nos parlamentos nestes países são ocupados por elas e 37% da classe política é composta por mulheres.

A população indígena também foi investigada e o retrato, neste caso, também não é animador. Segundo a ONU, os indígenas representam 5% da população mundial e correspondem a 15% dos mais pobres.

No que diz respeito à segurança, a América Latina segue como uma das regiões mais violentas do planeta, com uma taxa de homicídios de 21,6 mortes para cada 100.000 habitantes. As taxas de encarceramento também são recorde: 244 pessoas presas para cada 100.000. No Caribe, cerca de 24% dos meninos em idade escolar admite ter envolvimento com gangues.

Apenas 40% da população destes países relataram se sentirem seguras.

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