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Baiano Pituaçu será o 1º estádio solar do país

Projeto que vai tornar a arena autossuficiente em energia deve ser concluído até dezembro

EXAME.com (EXAME.com)

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Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 20h40.

São Paulo – Ele não está entre os 12 gigantes que sediarão a Copa 2014, mas promete brilhar. O estádio Governador Professor Roberto Santos, mais conhecido como Pituaçu, em Salvador, vai ganhar até o fim do ano uma mega cobertura de paineis fotovoltáicos, tornando-se assim a primeira arena brasileira totalmente alimentada por energia solar. Durante o mundial de futebol, ele vai ser usado para treinamento das seleções.

Aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o projeto faz parte do Programa de Eficiência Energética da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) e terá geração anual de 630 MW/h – carga 75% maior do que o consumo de energia do estádio ao longo de um ano.

“Essa energia é suficiente para abastecer as instalações do estádio e também o edifício da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia”, diz a assessora de eficiência energética da distribuidora, Ana Christina Mascarenhas. Na prática, ao se tornar autossuficiente em energia, o Pituaçu deverá economizar cerca de R$ 200 mil reais por ano.

Orçado em R$ 5,5 milhões, montante que será arcado pela Coelba (52%) e pelo Governo da Bahia (48%), o sistema solar deve começar a operar em dezembro. Nos próximos cinco anos, a Aneel acompanhará o projeto piloto, por meio de relatórios técnicos enviados pela companhia elétrica sobre os principais resultados alcançados.

“Nossa proposta é fazer do Pituaçu um estádio de demonstração das possibilidades de uso da tecnologia solar no país, a exemplo do que já acontece lá fora”, ressalta Ana, referindo-se aos estádios Badenova Stadium, de Freiburg, na Alemanha, e o Stade de Suissse Wandkdorf National, em Berna, na Suíça, que utilizam essa tecnologia limpa.


O projeto solar do Pituaçu tem apoio técnico do Programa Energia do Governo Alemão (GIZ), apoio institucional do Instituto Ideal e coordenação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Para instalação, a Coelba contratou o consórcio formado pela alemã Gehrlicher e a brasileira Ecoluz, que venceram a licitação realizada pela concessionária em parceria com o governo estadual baiano.

Iluminação mais eficiente

Além da cobertura solar, o Pituaçu também vai tornar sua iluminação mais eficiente, através da substituição dos atuais 192 projetores de lâmpadas de vapor de metal por lâmpadas de plasma, que têm maior durabilidade. “Essa troca vai reduzir o consumo de energia elétrica e aumentar a iluminância no campo”, explica Ana.

Outra vantagem desta lâmpada, segundo a assessora de eficiência energética da Coelba, é que iluminação com plasma permite realizar transmissões televisivas de alta definição.

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