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Bachelet diz que deputadas que se opõem a Trump são "fantásticas"

Indagada se Trump é racista, a chefe de direitos humanos da ONU se esquivou, dizendo que as pessoas em uma democracia devem garantir respeito à diversidade

Michelle Bachelet: Ex-presidente do Chile e atual chefe de direitos humanos na ONU elogia deputadas atacadas por Donald Trump (Guido Manuilo/LatinContent/Getty Images)

Michelle Bachelet: Ex-presidente do Chile e atual chefe de direitos humanos na ONU elogia deputadas atacadas por Donald Trump (Guido Manuilo/LatinContent/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2019 às 18h24.

Genebra — As quatro deputadas democratas progressistas atacadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são "fantásticas", disse a chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, nesta quinta-feira.

Trump tuitou no final de semana que as parlamentares, conhecidas como "o esquadrão" --Ilhan Omar, Alexandria Ocasio-Cortez, Rashida Tlaib e Ayanna Pressley-- devem "voltar" para onde vieram, embora todas sejam cidadãs norte-americanas e três delas tenham nascido nos EUA.

"Acredito que essas quatro mulheres são fantásticas", disse Bachelet. "Vejo quatro mulheres brilhantes que ousam dizer o que pensam."

Bachelet falava no Instituto de Graduação de Genebra ao lado do ex-juiz constitucional sul-africano Albie Sachs, que dava a palestra inaugural Nelson Mandela de direitos humanos, no dia que marcaria o 101º aniversário de Mandela.

Indagada se Trump é racista, questão recebida com aplausos da plateia, Bachelet se esquivou, mas Sachs tomou o microfone e disse: "a resposta é sim."

Bachelet disse que não usaria qualquer adjetivo em particular, mas disse que as pessoas em uma democracia devem garantir respeito à diversidade, às pessoas que pensam diferente e às pessoas de etnias diferentes.

"Não é bom para líderes, líderes globais, (usarem) discurso de ódio, dizendo coisas que são maus exemplos ou maus modelos, porque isso permite e dá licença a muitos outros para serem xenofóbicos, anti-islâmicos, antissemitas, antitudo", disse ela.

"Esse é um dos perigos no mundo hoje."

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