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Avião militar russo cai no Mar Negro: o que se sabe até agora

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, não há sobreviventes; as famílias das vítimas serão indenizadas

Pessoas homenageiam os mortos no acidente com o avião militar russo (Maxim Shemetov/Reuters)

Pessoas homenageiam os mortos no acidente com o avião militar russo (Maxim Shemetov/Reuters)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 25 de dezembro de 2016 às 17h46.

São Paulo - Um avião militar russo modelo Tupolev 154 caiu neste domingo (25) com 92 pessoas a bordo perto de Sochi, na Rússia. A aeronave estava indo para Latakia, na Síria.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, não há sobreviventes. As buscas pelos corpos estão sendo feitas com cinco helicópteros, quatro navios e drones.

O presidente russo, Vladimir Putin, determinou que as investigações sobre a queda do avião sejam acompanhadas de perto pelo primeiro-ministro Dmitri Medvedev.

Veja abaixo tudo o que sabemos, até agora, sobre o acidente aéreo.

Trajeto do avião

O Tu-154 saiu de Moscou com destino à base aérea Khmeimim em Latakia, na Síria, onde estão tropas do Exército da Rússia. A aeronave fez uma parada em Sochi, no sudoeste da Rússia, para reabastecer.

Ela decolou do aeroporto Adler, em Sochi, às 5h20 no horário local (0h20 em Brasília). Vinte minutos depois, segundo a agência de notícias EFE, o avião desapareceu dos radares.

Quem estava a bordo

Estavam a bordo do avião 84 passageiros e 8 tripulantes. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, não houve sobreviventes.

Entre os passageiros, 64 eram membros do grupo Alexandrov Ensemble, mundialmente conhecido coro oficial dos militares russos e companhia de dança.

Eles estavam indo à Síria para um concerto de Ano Novo, segundo relataram fontes à agência estatal russa de notícias Tass. A líder do grupo Alexandrov Ensemble, Valery Khalilov, está entre os mortos.

Também foi confirmada a morte da ativista Elizaveta Glinka, conhecida como Dr. Liza, diretora do fundo humanitário Fair Aid.

A Dr. Liza estava a caminho de Latakia para entregar medicamentos a um hospital, segundo o Conselho de Direitos Humanos local.

Como a queda tem sido tratada

As autoridades russas estão investigando as causas do acidente. A agência de notícias Associated Press informou mais cedo que as autoridades russas haviam descartado a hipótese de terrorismo na queda do avião.

Mas o governo de Vladimir Putin voltou atrás horas depois, e disse que nenhuma hipótese estava descartada.

Segundo a AP, o ministro dos Transportes da Rússia disse que investigadores estão estudando todas as razões possíveis para a queda do avião, inclusive a de um possível ato terrorista.

Os parentes das vítimas

O Fundo de Seguro Social russo vai pagar compensações de um milhão de rublos (16.340 dólares) às famílias dos mortos no acidente.

A informação foi dada por Vsevolod Vukolov, diretor do Serviço Nacional para o Trabalho e o Emprego da Rússia, de acordo com a agência estatal russa Tass.

De acordo com a Reuters, um porta-voz da União Russa de Seguradoras disse que as famílias de militares iriam receber até 7,8 milhões de rublos (127,5 mil dólares), e a famílias dos civis, três milhões de rublos.

Repercussão

A chanceler alemã, Angela Merkel, transmitiu ao presidente russo, Vladimir Putin, suas condolências pelo acidente do avião Tu-154.

O ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, manifestou também a “profunda tristeza” pela “terrível catástrofe” do acidente aéreo, em comunicado.

Já a vice-porta-voz do Executivo alemão, Ulrike Demmer, disse em nota que seus "pensamentos estão com os parentes das múltiplas vítimas.”

O ditador sírio Bashar al-Assad enviou a Putin mensagem oferecendo condolências e manifestando "grande pesar"  pelas mortes.

O presidente russo, Vladimir Putin, decretou um dia de luto nacional na segunda-feira em memória das vítimas do acidente no Mar Negro.

 

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