(GIL COHEN-MAGEN/AFP)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 10 de outubro de 2023 às 10h03.
Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 14h44.
O governo federal informou na manhã desta terça-feira, 10, que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou no aeroporto de Tel Aviv para repatriar brasileiros que querem sair do país por causa da guerra de Israel contra o Hamas.
"A primeira aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), pousou em Tel Aviv, Israel, às 15h41, horário local", informou em nota. A previsão é a aeronave retorne ao Brasil com 210 passageiros.
Serão usadas seis aeronaves para buscar os cidadãos, em sua maioria turistas em Tel-Aviv e Jerusalém. Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores anunciou que os sobrevoos da FAB para repatriação de brasileiros foram autorizados por Israel. A pasta disse ainda está "acompanhando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras em Israel e na Palestina". Pelo menos mil brasileiros devem ser resgatados até sábado. A operação deve se repetir na próxima semana.
Diante da guerra entre Israel e Hamas, o Itamaraty afirmou que a repatriação vai contar com dois KC-30 com suporte de 238 passageiros, dois KC-390, com capacidade para 80 passageiros cada, e duas aeronaves cedidas pela Presidência da República, com capacidade de 40 passageiros cada uma.
O Itamaraty confirmou, na manhã desta terça-feira a morte do primeiro brasileiro nos bombardeios entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza. Ranani Glazer, de 24 anos, estava desaparecido desde sábado, após o início do conflito, e tinha ido à rave Universo Paralello na qual houve o maior ataque do Hamas. Outros dois brasileiros estão desaparecidos.
"Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis", diz a nota oficial do Itamaraty.