"Auxílio" de Trump foi pago a 1 milhão de cidadãos que já estavam mortos
Pagamentos de auxílio contra efeitos econômicos da pandemia podem ter sido feitos por erros do Tesouro e fraudes na solicitação
AFP
Publicado em 25 de junho de 2020 às 17h03.
Última atualização em 25 de junho de 2020 às 19h18.
Como forma de estimular a economia devastada pelo novo coronavírus , o Tesouro dos Estados Unidos acabou enviando cheques a mais de 1 milhão de pessoas falecidas, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira, 25, por um órgão de fiscalização independente do governo.
O gabinete de responsabilidade fiscal do governo disse que, desde que o Tesouro começou a enviar dinheiro aos contribuintes em abril para combater a enorme perda de empregos por causa da pandemia, foram feitos 160,4 milhões de pagamentos no valor de 269 bilhões de dólares.
O órgão não esclareceu quantos desses pagamentos foram causados por erros do Tesouro e quantos foram causados por fraude na solicitação.
Em 30 de abril, quando foram feitos 120 milhões de pagamentos, 1,4 bilhão de dólares foi enviado para 1,1 milhão de mortos, segundo o gabinete.
Pagamentos de até 1.200 dólares por pessoa foram automáticos para a maioria dos que registraram impostos entre os anos de 2018 e 2019, e também para os cidadãos dos programas de aposentadoria e benefícios do governo.
"Alguns desses contribuintes podem ter morrido na época em que receberam os pagamentos", afirmou o gabinete.
O relatório observou que, embora a Receita americana tenha os registros de óbito dos cidadãos, o Tesouro e seu serviço fiscal, que fazem esses pagamentos, não os têm.
O gabinete já havia anunciado em 6 de maio que os pagamentos feitos a pessoas mortas deverão ser devolvidos.