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Autoridades de EUA e China se reúnem após crise com jato

Conversas ocorrem dias depois da interceptação "perigosa" feita por um jato chinês a um avião de patrulha da Marinha dos EUA

Avião P-8 Poseidon, da marinha dos Estados Unidos (Greg Wood/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 21h11.

Washington - Autoridades militares dos Estados Unidos e da China vão manter conversações sobre regras de comportamento no Pentágono na quarta-feira e quinta-feira, disse um oficial dos EUA, dias depois que os norte-americanos denunciaram uma interceptação "perigosa" feita por um jato chinês a um avião de patrulha da Marinha dos EUA.

Na terça-feira passada, um piloto de um caça chinês fez manobras acrobáticas em torno do avião antissubmarino e de reconhecimento P-8 Poseidon, cruzando-o por cima e por baixo, em espaço aéreo internacional sobre o Mar do Sul da China, disse o Pentágono.

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Apesar das discussões desta semana terem sido agendadas muito antes do incidente recente, os temas a serem tratados estão no cerne das preocupações dos EUA sobre o comportamento militar chinês: de que uma provocação chinesa poderia levar a uma crise mais ampla provocada por um erro de cálculo militar no território em disputa.

Reivindicações da China sobre o trecho estratégico de água rica em minerais, em sua costa sul e a leste da parte continental do Sudeste Asiático, coloca o país contra aliados dos Estados Unidos na região, como Vietnã e Filipinas, enquanto Brunei, Taiwan e Malásia também reivindicam partes das áreas disputadas.

As reuniões envolvem um grupo de trabalho para discutir normas multilaterais de comportamento para atividades marítimas e aéreas, disse o funcionário da Defesa à Reuters, falando sob condição de anonimato.

Os militares dos dois lados intensificaram os contatos nos últimos anos, um reconhecimento de que, à medida que os interesses econômicos da China continuam a se expandir, o gigante asiático terá um papel cada vez maior na segurança mundial e maior interação com os militares dos EUA.

Ainda assim, a recente interceptação mostra que tal aumento de contatos não eliminou o atrito entre os dois países.

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