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Autoridades da Bélgica realizam quarto dia de operação

Havia pouco mais de cinco lojas abertas na Rue Neuve, principal área de compras da cidade, mas nenhuma tinha mais de um ou dois clientes


	Soldados em Bruxelas: a polícia realiza uma caçada internacional por Salah Abdeslam, cidadão belga suspeito de envolvimento nos ataques do dia 13 em Paris
 (Benoit Tessier/ Reuters)

Soldados em Bruxelas: a polícia realiza uma caçada internacional por Salah Abdeslam, cidadão belga suspeito de envolvimento nos ataques do dia 13 em Paris (Benoit Tessier/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 11h04.

Bruxelas - A operação de segurança em Bruxelas entra em seu quarto dia nesta terça-feira, com partes da cidade retornando cautelosamente à rotina. Alguns dos moradores começam a questionar, porém, a maneira como as autoridades lidam com a situação.

Crianças ficaram em casa pelo segundo dia seguido e alguns poucos museus abriram suas portas. No centro de Bruxelas, a impressão era praticamente de uma cidade fantasma, na manhã desta terça-feira.

Havia pouco mais de cinco lojas abertas na Rue Neuve, principal área de compras da cidade, mas nenhuma tinha mais de um ou dois clientes. As demais lojas seguiam fechadas.

Nas proximidades da estação central de Bruxelas, os câmeras de televisão superavam o número de policiais e usuários.

O governo belga disse na segunda-feira que, ainda que o alerta maior à segurança deva durar até a próxima semana, as escolas e partes do sistema de metrô reabririam nesta quarta-feira.

A polícia realiza uma caçada internacional por Salah Abdeslam, cidadão belga suspeito de envolvimento nos ataques do dia 13 em Paris.

As restrições à circulação foram impostas após uma operação na sexta-feira descobrir armas automáticas e materiais que segundo as autoridades poderia ser usado para fazer um colete bomba.

Por outro lado, algumas autoridades locais criticaram a paralisação de atividades determinada pelas autoridades federais. "É uma catástrofe geral. Não podemos continuar assim nessas condições. Não podemos viver sob o regime islamita", disse o prefeito de Bruxelas, Yvan Mayeur, em entrevista nesta manhã de terça-feira à rádio belga RTBF.

Mayeur disse que a Bélgica necessita adotar medidas para voltar à normalidade, enquanto a polícia continua sua investigação e busca monitorar potenciais extremistas.

Há sinais, porém, de que os belgas temem sair em espaço públicos. Houve um aumento nas compras pela internet nesta semana em grandes varejistas.

As maiores cadeias de supermercados no país, Carrefour e Delhaize, disseram que houve uma forte alta em suas vendas online nos últimos dias, mesmo que as lojas das duas companhias estejam operando normalmente.

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