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Autor do ataque a turistas no Egito confessa ser jihadista

Desde que o Exército derrubou o presidente, em 2013, grupos extremistas multiplicaram os ataques contra militares e policiais

Hurghada, no Egito: A nacionalidade das duas mulheres assassinadas é alemã (Aligatorek/Wikimedia Commons)

Hurghada, no Egito: A nacionalidade das duas mulheres assassinadas é alemã (Aligatorek/Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 15 de julho de 2017 às 13h36.

O autor do ataque com faca que matou duas turistas estrangeiras no balneário egípcio de Hurghada (leste) confessou ter abraçado a ideologia jihadista.

Um dia depois do atentado, que também deixou outras quatro turistas feridas, as autoridades reforçaram as medidas de segurança na região.

O agressor, cuja identidade ainda não foi divulgada, nadou até o local, a praia particular de um hotel, a partir de uma praia pública vizinha, segundo o Ministério do Interior egípcio. As forças de segurança conseguiram detê-lo. No interrogatório, ele admitiu que "abraçou a ideologia jihadista".

A nacionalidade das duas mulheres assassinadas é alemã, segundo confirmou neste sábado ministério alemão das Relações Exteriores.

Reinava certa confusão sobre a nacionalidade das vítimas, pois o jornal do governo Al-Ahram afirmou em sua edição online que duas turistas que morreram eram ucranianas.

As autoridades armênias assinalaram que dois de seus cidadãos estavam entre os feridos e o Ministério das Relações Exteriores tcheco anunciou que um cidadão sofreu um ferimento leve.

Este ataque foi um duro golpe para o Egito, que tentava voltar a atrair os turistas após anos de instabilidade.

Horas antes, ainda na sexta-feira, três homens armados mataram cinco policiais egípcios no sul do Cairo.

Abriram fogo contra um carro da polícia e depois fugiram, matando um suboficial, três recrutas e um agente, segundo o Ministério do Interior.

O atentado aconteceu perto da cidade de Badrashin, a 20 km ao sul da capital, onde a polícia já foi atacada em outras ocasiões. Ninguém reivindicou o ataque até agora.

Desde que o Exército egípcio derrubou, em 2013, o presidente Mohamed Morsi, membro da Irmandade Muçulmana, grupos extremistas multiplicaram os ataques contra militares e policiais, matando centenas deles, sobretudo no Sinai.

Na sexta da semana passada, o braço egípcio do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou um ataque no norte do Sinai, no qual morreram 21 policiais, e o grupo extremista Hasam assumiu a autoria do assassinato de um oficial de polícia ao norte do Cairo.

Após um duplo ataque suicida reivindicado pelo EI contra duas igrejas coptas ao norte da capital, que deixaram 45 mortos em abril, o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, declarou estado de emergência durante três meses e o prolongou até julho.

Em janeiro de 2016, três turistas foram feridos em Hurghada em um ataque com arma branca executado por duas pessoas suspeitas de manter vínculos com o EI.

Esta estação balneária é muito popular entre os turistas ucranianos e europeus em geral.

O Egito reforçou a segurança em seus lugares turísticos depois de vários atentados cometidos nos últimos anos, que atingiram um setor-chave para a economia do país.

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