Autor de vídeo anti-Islã é identificado
Abenob Nakoula Basseley parece ser o principal responsável pelo vídeo 'A Inocência dos Muçulmanos', que gerou protestos violentos contra as missões diplomáticas dos EUA
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 23h07.
Washington - Abenob Nakoula Basseley parece ser o principal responsável pelo vídeo 'A Inocência dos Muçulmanos', que gerou protestos violentos contra as missões diplomáticas dos Estados Unidos em vários países árabes, segundo informou nesta quinta-feira a rede 'CNN'.
Um integrante da equipe de produção que trabalhou no filme, que ridiculariza a religião islâmica e o profeta Maomé, garantiu que o nome do produtor do filme é Abenob Nakoula Basseley, um cristão copta que vive na Califórnia.
Anteriormente, acreditava-se que o autor era Sam Bacile, um nome que correspondia a um pseudônimo utilizado por um americano-israelense de 52 anos, embora houvesse dúvidas pelas contradições nos depoimentos de membros da equipe de filmagem que disseram que o autor não era judeu nem israelense.
O nome de Nakoula Basseley consta em alguns documentos do sindicato de atores 'Screen Actors Guild' e também aparece em documentos judiciais de um tribunal do distrito californiano em que aparecem os nomes Mark Basseley, Nicola Bacily e Malid Ahlawi como pseudônimos do mesmo homem.
Os documentos mostram que Nakoula foi condenado a 21 meses de prisão e o pagamento de uma multa no valor de US$ 790 mil por uma fraude bancária com contas falsas e dados falsos da Previdência Social.
Desde o último mês de julho era possível ver trechos do filme na internet, o que obrigou o YouTube a bloquear o acesso em vários países árabes para evitar novos protestos.
O elenco e a equipe de filmagem, formado por cerca de 80 pessoas, afirmam que foram 'enganados' a respeito do propósito do filme nos testes de casting feitos em julho do ano passado pelo produtor.
Os participantes do filme - que passou despercebido nos Estados Unidos - se declararam 'profundamente entristecidos' em entrevistas divulgadas pela 'CNN' pelas mortes no ataque ao consulado americano em Benghazi na Líbia, no qual morreram o embaixador Chris Stevens e outras três pessoas. EFE