Breivik já foi objeto de um primeiro exame psiquiátrico, apresentado em novembro, que concluiu que padecia esquizofrenia paranoide (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 08h17.
Copenhague - O ultradireitista Anders Behring Breivik, autor confesso dos atentados de julho de 2011 na Noruega, será levado nesta quarta-feira a uma sala especial dentro da prisão de Ila, na qual permanece em prisão preventiva, para ser submetido a observação psiquiátrica forçada durante até quatro semanas.
Especialistas do hospital psiquiátrico de Dikemark se transferiram hoje a esta penitenciária, no oeste de Oslo, onde Breivik permanecerá sob controle médico durante as 24 horas do dia, com a supervisão de dois psiquiatras encarregados de escrever um novo relatório para determinar seu estado de saúde mental.
Assim foi decidido por um tribunal de Oslo no último dia 10, ao considerar que o hospital psiquiátrico de Dikemark não cumpria as medidas de segurança necessárias recomendadas pela Polícia norueguesa.
Será a primeira vez em que ocorrerá uma observação forçada com estas características dentro de uma prisão na Noruega, em uma sala de 60 metros quadrados condicionada especialmente.
O exame será complementado com as entrevistas, gravadas em vídeo, que os psiquiatras Terje Tørrisen e Agnar Aspaas estão fazendo com Breivik, que na semana passada mudou de postura e começou a colaborar com eles.
Enquanto permanece em observação, o fundamentalista cristão continuará com os interrogatórios policiais e será visitado pelos advogados que preparam com ele sua defesa para o julgamento, cujo início está previsto para 16 de abril.
Breivik já foi objeto de um primeiro exame psiquiátrico, apresentado em novembro, que concluiu que padecia esquizofrenia paranoide.
Segundo as leis norueguesas, isso impediria uma pena de prisão, que seria substituída por uma eventual condenação a tratamento psiquiátrico forçado.
Em 22 de julho do ano passado, Breivik explodiu um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, onde morreram oito pessoas, e imediatamente depois seguiu para a ilha de Utoeya, a 45 quilômetros da capital, onde disparou de forma indiscriminada e matou outras 69.