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Áustria espera 5 mil refugiados por dia nas próximas semanas

A Áustria prevê que nas próximas semanas chegarão cerca de 5 mil refugiados que em sua maioria continuarão viagem rumo à Alemanha e aos países escandinavos

imigrantes desembarcam de um trem procedente da Hungria, na estação ferroviária de Viena, na Áustria (REUTERS/Leonhard Foeger)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 17h02.

Viena - A Áustria prevê que nas próximas semanas chegarão a seu território cerca de 5.000 refugiados que em sua maioria continuarão viagem rumo à Alemanha e aos países escandinavos, disse hoje o chanceler federal, Werner Faymann.

"Por enquanto, a ameaça do frio e das cercas e muros anunciados criam fortes movimentos (de refugiados)", disse o chefe de governo em entrevista coletiva após uma reunião do gabinete a portas fechadas para tratar a situação dos refugiados no país.

"Temos que contar com uma média de 5.000 pessoas por dia e portanto melhorar a logística em nossa região", explicou Faymann.

"O Exército assumirá a logística do transporte no futuro", acrescentou.

Há uma semana, Áustria e Alemanha deram sinal verde ao acesso a seu território para milhares de refugiados, em sua maioria provenientes de zonas em conflito no Oriente Médio, que tinham estagnado na Hungria.

Desde então, entre 40.000 e 50.000, segundo diversas fontes, chegaram à Alemanha passando pela Áustria, onde só pouco mais de mil quiseram ficar e pedir asilo.

Perguntado sobre quando pode ser esperado um alívio para esta crise, o chanceler respondeu: "Alemanha e Áustria vão continuar garantindo o direito a asilo, a chanceler (alemã, Angela) Merkel não mencionou um limite máximo".

"O que conta é um desenvolvimento bem organizado e coordenado, pois não se podem deter os fluxos de refugiados, a não ser que se apontem rifles contra os solicitantes de asilo. E algo assim não vai acontecer na Alemanha, e totalmente certo é que não acontecerá na Áustria", ressaltou.

O político social-democrata lamentou que a coordenação com as autoridades húngaras seja ruim, e pelo contrário agradeceu a boa cooperação com a Alemanha, enquanto insistiu na necessidade de uma solução única da União Europeia (UE).

Uma das prioridades do governo austríaco é agora conseguir que antes de meados de outubro nenhum refugiado durma ao relento ou em uma tenda, situação na qual atualmente há 2.300 solicitantes de asilo.

"Diante do alto número dos que chegam é um grande desafio, mas a Áustria é suficientemente forte", disse Faymann ao comentar a tarefa que ainda resta fazer.

Na reunião, o governo adotou um pacote de medidas para fomentar a integração dos que já conseguiram asilo, por um valor total de 75 milhões de euros.

Esse dinheiro será destinado sobretudo a cursos de alemão, à contratação de equipes de especialistas que apoiem as crianças nas escolas e seus pais, assim como especialistas para assessorar e acompanhar os jovens.

"Agora se trata de integrar o melhor possível os refugiados que temos aqui", disse o ministro austríaco das Relações Exteriores e de Integração, Sebastian Kurz, em comunicado.

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Viena - A Áustria prevê que nas próximas semanas chegarão a seu território cerca de 5.000 refugiados que em sua maioria continuarão viagem rumo à Alemanha e aos países escandinavos, disse hoje o chanceler federal, Werner Faymann.

"Por enquanto, a ameaça do frio e das cercas e muros anunciados criam fortes movimentos (de refugiados)", disse o chefe de governo em entrevista coletiva após uma reunião do gabinete a portas fechadas para tratar a situação dos refugiados no país.

"Temos que contar com uma média de 5.000 pessoas por dia e portanto melhorar a logística em nossa região", explicou Faymann.

"O Exército assumirá a logística do transporte no futuro", acrescentou.

Há uma semana, Áustria e Alemanha deram sinal verde ao acesso a seu território para milhares de refugiados, em sua maioria provenientes de zonas em conflito no Oriente Médio, que tinham estagnado na Hungria.

Desde então, entre 40.000 e 50.000, segundo diversas fontes, chegaram à Alemanha passando pela Áustria, onde só pouco mais de mil quiseram ficar e pedir asilo.

Perguntado sobre quando pode ser esperado um alívio para esta crise, o chanceler respondeu: "Alemanha e Áustria vão continuar garantindo o direito a asilo, a chanceler (alemã, Angela) Merkel não mencionou um limite máximo".

"O que conta é um desenvolvimento bem organizado e coordenado, pois não se podem deter os fluxos de refugiados, a não ser que se apontem rifles contra os solicitantes de asilo. E algo assim não vai acontecer na Alemanha, e totalmente certo é que não acontecerá na Áustria", ressaltou.

O político social-democrata lamentou que a coordenação com as autoridades húngaras seja ruim, e pelo contrário agradeceu a boa cooperação com a Alemanha, enquanto insistiu na necessidade de uma solução única da União Europeia (UE).

Uma das prioridades do governo austríaco é agora conseguir que antes de meados de outubro nenhum refugiado durma ao relento ou em uma tenda, situação na qual atualmente há 2.300 solicitantes de asilo.

"Diante do alto número dos que chegam é um grande desafio, mas a Áustria é suficientemente forte", disse Faymann ao comentar a tarefa que ainda resta fazer.

Na reunião, o governo adotou um pacote de medidas para fomentar a integração dos que já conseguiram asilo, por um valor total de 75 milhões de euros.

Esse dinheiro será destinado sobretudo a cursos de alemão, à contratação de equipes de especialistas que apoiem as crianças nas escolas e seus pais, assim como especialistas para assessorar e acompanhar os jovens.

"Agora se trata de integrar o melhor possível os refugiados que temos aqui", disse o ministro austríaco das Relações Exteriores e de Integração, Sebastian Kurz, em comunicado.

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