Austrália reduz número de viajantes autorizados a entrar no país (Brendon Thorne/Bloomberg/Getty Images)
AFP
Publicado em 2 de julho de 2021 às 08h20.
A Austrália anunciou, nesta sexta-feira (2), uma nova redução drástica do número de pessoas autorizadas a entrar e sair do país, onde várias cidades foram posta em confinamento para conter os focos de covid-19.
Quase metade da população australiana se encontra submetida a medidas de confinamento. Nesse contexto, o primeiro-ministro Scott Morrison anunciou que o número de viajantes que poderá ingressar no território será reduzido à metade.
Para evitar que cheguem contágios do exterior, apenas 6.000 pessoas estão autorizadas, a cada semana, a aterrissar em voos comerciais na Austrália. Assim que chegam, devem cumprir uma quarentena obrigatória de duas semanas em um hotel.
Essa cota passará para cerca de 3.000 até meados de julho, disse Morrison.
Este anúncio surge em um momento em que a população está cada vez mais exasperada com as restrições anticovid-19, com as falhas nos dispositivos de quarentena e com uma campanha de vacinação que avança lentamente.
Mais de um ano e meio depois do início da pandemia, menos de 8% da população adulta australiana recebeu duas doses da vacina.
"É um momento difícil para as pessoas que enfrentam restrições", admitiu Morrison.
Nesta sexta-feira, os habitantes das cidades de Sydney, Brisbane e Perth, um total de 10 milhões de pessoas, permaneciam confinados após a detecção de vários focos de covid-19.
Na quinta-feira (1), 27 novos casos foram registrados no país.
As medidas de breve confinamento impostas em Alice Springs, Darwin e Gold Coast foram progressivamente suspensas, mas surtos da doença continuam a aparecer em outras áreas, sobretudo em Sydney.