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Aumento da qualificação da dívida na América Latina termina

A agência de qualificação argumenta que o elevado crescimento econômico na região durante os últimos anos "permitiu contornar" os diversos desafios que a região enfrenta

Concretamente, a Moody"s alude aos "problemas de segurança" e às dificuldades para "um aumento nas rendas" dos países da América Central (©afp.com / Emmanuel Dunand)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 17h26.

Nova York - A agência de qualificação Moody's anunciou nesta segunda-feira que o recente ciclo de aumento nas notas das dívidas soberanas dos países da América Latina "está chegando ao seu fim", mas previu que o panorama creditício se manterá "estável" neste ano na região.

Assim detalha a agência de qualificação em seu último relatório sobre perspectivas creditícias para a América Latina e o Caribe relativo ao ano de 2013, intitulado "Os fortes ficam mais fortes, e os fracos mais fracos".

O documento lembra que nos últimos anos houve "grandes melhoras sustentadas nas qualificações creditícias dos Governos da região", mas que "o ciclo de aumentos às qualificações soberanas na América Latina muito provavelmente está chegando ao seu fim".

"A Moody's estima que o ritmo ao qual as qualificações podem aumentar a médio prazo será menor, particularmente para o grupo de países com qualificação Baa" (aprovado alto, aprovado e aprovado baixo), como Brasil, México e Peru.

A agência de qualificação argumenta que o elevado crescimento econômico na região durante os últimos anos "permitiu contornar" os diversos desafios que a região enfrenta, como seus "fracos" marcos institucionais e suas "estreitas" bases tributárias, que "continuam restringindo a possibilidade" de futuras melhoras em suas notas.

Concretamente, a Moody's alude aos "problemas de segurança" e às dificuldades para "um aumento nas rendas" dos países da América Central, enquanto, no Caribe, o alerta gira em torno "da limitada capacidade dos governos para escorar o crescimento e diminuir a deterioração das contas fiscais".

Em todo caso, a agência de qualificação lembra que as taxas de inflação ainda são moderadas em boa parte da região, que, pelo terceiro ano consecutivo, as finanças públicas estarão "relativamente ordenadas" e que os títulos de dívida pública "permanecerão relativamente estáveis".


A Moody's, além disso, destaca que os riscos externos diminuíram nos últimos tempos e que boa parte dos países da América Latina tem uma maior capacidade de enfrentar contextos externos adversos graças a um "notável aumento no nível de liquidez global".

Neste aspecto, a agência de qualificação assegura que, mesmo se não houver uma melhora significativa no contexto econômico internacional, o desempenho da região "estará impulsionado em boa medida pela demanda doméstica e por um aumento do comércio inter-regional".

Desta forma, a Moody's assegura que o panorama creditício na América Latina e no Caribe "se mostra estável" para este ano em termos gerais, embora as diferenças continuem se "acentuando" entre os países com um "perfil de crédito robusto" e os que contam com qualificações mais fracas.

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Nova York - A agência de qualificação Moody's anunciou nesta segunda-feira que o recente ciclo de aumento nas notas das dívidas soberanas dos países da América Latina "está chegando ao seu fim", mas previu que o panorama creditício se manterá "estável" neste ano na região.

Assim detalha a agência de qualificação em seu último relatório sobre perspectivas creditícias para a América Latina e o Caribe relativo ao ano de 2013, intitulado "Os fortes ficam mais fortes, e os fracos mais fracos".

O documento lembra que nos últimos anos houve "grandes melhoras sustentadas nas qualificações creditícias dos Governos da região", mas que "o ciclo de aumentos às qualificações soberanas na América Latina muito provavelmente está chegando ao seu fim".

"A Moody's estima que o ritmo ao qual as qualificações podem aumentar a médio prazo será menor, particularmente para o grupo de países com qualificação Baa" (aprovado alto, aprovado e aprovado baixo), como Brasil, México e Peru.

A agência de qualificação argumenta que o elevado crescimento econômico na região durante os últimos anos "permitiu contornar" os diversos desafios que a região enfrenta, como seus "fracos" marcos institucionais e suas "estreitas" bases tributárias, que "continuam restringindo a possibilidade" de futuras melhoras em suas notas.

Concretamente, a Moody's alude aos "problemas de segurança" e às dificuldades para "um aumento nas rendas" dos países da América Central, enquanto, no Caribe, o alerta gira em torno "da limitada capacidade dos governos para escorar o crescimento e diminuir a deterioração das contas fiscais".

Em todo caso, a agência de qualificação lembra que as taxas de inflação ainda são moderadas em boa parte da região, que, pelo terceiro ano consecutivo, as finanças públicas estarão "relativamente ordenadas" e que os títulos de dívida pública "permanecerão relativamente estáveis".


A Moody's, além disso, destaca que os riscos externos diminuíram nos últimos tempos e que boa parte dos países da América Latina tem uma maior capacidade de enfrentar contextos externos adversos graças a um "notável aumento no nível de liquidez global".

Neste aspecto, a agência de qualificação assegura que, mesmo se não houver uma melhora significativa no contexto econômico internacional, o desempenho da região "estará impulsionado em boa medida pela demanda doméstica e por um aumento do comércio inter-regional".

Desta forma, a Moody's assegura que o panorama creditício na América Latina e no Caribe "se mostra estável" para este ano em termos gerais, embora as diferenças continuem se "acentuando" entre os países com um "perfil de crédito robusto" e os que contam com qualificações mais fracas.

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