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Ativistas sul-coreanos lançam panfletos e pendrives no Norte

Ativistas lançaram meio milhão de panfletos e pendrives contendo informações sobre violações dos direitos humanos na Coreia do Norte

Refugiados e ativistas lançam balões em direção à Coreia do Norte: pendrives contém artigos em coreano da enciclopédia on-line Wikipedia (Jung Yeon-Je/AFP)

Refugiados e ativistas lançam balões em direção à Coreia do Norte: pendrives contém artigos em coreano da enciclopédia on-line Wikipedia (Jung Yeon-Je/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 09h27.

Paju - Ativistas sul-coreanos lançaram nesta quarta-feira no outro lado da fronteira meio milhão de panfletos e pendrives contendo informações sobre violações dos direitos humanos na Coreia do Norte, constatou a AFP.

A partir da cidade de Paju, também lançaram em balões sobre a fronteira ultrassegura, a última da Guerra Fria, DVDs e cédulas de um dólar americano.

"Há claramente na Coreia do Norte uma enorme sede de informação externa", afirmou Thor Halvorssen, presidente da ONG americana Human Rights Foundation.

Cada um dos 1.500 pendrives lançados no território da Coreia do Norte contém artigos em coreano da enciclopédia on-line Wikipedia.

Apesar de os norte-coreanos viverem sem dúvida no país mais isolado do mundo, a Coreia do Norte não é um deserto total em termos de tecnologia da informação.

Existe uma rede intranet interna desde 2002, algumas agências governamentais têm sua própria web e, em 2008, foram introduzidos os celulares através de uma empresa conjunta com a egípcia Orascom, mas 95% da população não possui esse tipo de aparelho.

O desenvolvimento econômico da Coreia do Norte só é autorizado se não ameaçar o regime comunista.

Além disso, as fronteiras já não são tão herméticas quanto antes. Celulares chineses introduzidos por contrabando permitem telefonar para o exterior. Os DVDs, MP3 e pendrives, introduzidos também ilegalmente, são outras janelas abertas para o estrangeiro.

Esta última operação de lançar balões foi organizada por um grupo de refugiados norte-coreanos particularmente ativos.

Eles têm o objetivo de "mostrar aos norte-coreanos a brutalidade de seu dirigente Kim Jong-Un" e animá-los a "se sublevar e acabar com a ditadura", explicou seu chefe, Park Sang-Hak.

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