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Atirador em base dos EUA estaria com problema mental

Segundo Exército, Iván López lutava contra doenças mentais no momento em que saiu atirando na base do Texas

Soldado Ivan Lopez durante operação no Iraque entre 2007 e 2008, em serviço para a Guarda Nacional de Porto Rico (Puerto Rico National Guard/Divulgação via Reuters)

Soldado Ivan Lopez durante operação no Iraque entre 2007 e 2008, em serviço para a Guarda Nacional de Porto Rico (Puerto Rico National Guard/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 20h59.

Fort Hood - O soldado suspeito de matar a tiros três pessoas, suicidando-se em seguida na base de Fort Hood, no Texas, foi identificado pelo Exército como Iván López, um homem que lutava contra doenças mentais no momento em que saiu atirando, disse o comandante da base nesta quinta-feira.

Nenhum motivo foi dado para os disparos de quarta-feira, que também deixaram 16 feridos, no que foi o segundo assassinato em massa em cinco anos em uma das maiores bases militares nos Estados Unidos. O incidente levantou questões sobre a segurança nessas instalações. As autoridades até agora descartam a possibilidade de ter sido um ato de terrorismo.

"Nós temos uma evidência muito forte de que ele tinha um histórico médico que indica condições psiquiátricas ou psicológicas instáveis", disse o general Mark Milley a repórteres.

"Pode ter havido uma briga verbal com outro soldado ou soldados. Há uma forte possibilidade de que, de fato, isso ocorreu pouco antes do tiroteio", disse Milley, acrescentando não haver indícios de que ele tenha visado pessoas específicas.

López, 34 anos, natural de Porto Rico, tinha feito tratamento para depressão e ansiedade. Ele estava sendo avaliado para ver se sofria de transtorno de estresse pós-traumático, ou TEPT, disseram autoridades militares.

Há a suspeita de que ele levou ilegalmente para a base uma pistola Smith & Wesson calibre .45 comprada recentemente e que foi usada no tiroteio.

Milley disse que López comprou a arma de fogo na Guns Galore, a mesma loja em Killeen onde o ex-psiquiatra do Exército major Nidal Hasan comprou a arma que usou para matar 13 pessoas e ferir outras 32 em Fort Hood em 2009.


O secretário do Exército dos EUA, John McHugh, disse que López, integrado ao serviço militar em 2008, cumpriu duas temporadas no exterior, incluindo quatro meses no Iraque em 2011. Ele não teve nenhum envolvimento direto em combate e não tinha sido ferido.

"Ele estava passando por uma variedade de tratamentos e diagnósticos de doenças mentais, que vão desde depressão e ansiedade a alguns distúrbios do sono. Os médicos lhe prescreveram uma série de medicamentos, incluindo Ambien", disse McHugh em uma audiência do comitê do Senado dos EUA.

López serviu na Guarda Nacional de Porto Rico por vários anos, em uma unidade de infantaria e como um membro de uma banda, ambos como parte de treinamento de combate militar; ele também esteve uma temporada em uma missão de observação no Sinai, Egito, afirmou à Reuters o major Jamie Davies, da Guarda Nacional de Porto Rico.

Três dos soldados feridos classificados como em estado crítico estavam mostrando sinais de melhora e sua condição foi atualizado para grave, disse à TV CNN um médico do hospital Scott & White, em Temple.

Um dos feridos foi identificado por sua família através do Twitter como major Patrick Miller, de Nova York.

No modesto prédio de apartamentos em Killeen onde Lopez vivia com a mulher e filha de 2 anos de idade, bandeiras norte-americanas estavam hasteadas e a frase "Bem-vindo ao lar" adornava as paredes de um lugar com muitos soldados da base.

Shaneice Banks, 21, que se denomina esposa do Exército, estava com a mulher de López quando a notícia do tiroteio foi divulgada.

"Ela ouviu o nome do marido na notícia e simplesmente perdeu o controle", disse Shaneice à Reuters.

Outra vizinha, Mahogoney Jones, 21, disse que a mulher estava em estado de pânico. "Ela estava chamando e chamando o marido porque sentia que algo estava errado. Ela continuou gritando ‘Nenhuma resposta! Nenhuma resposta!'."

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