Atentados no Iraque deixam 42 mortos
Atos de violência podem acentuar ainda mais tensões entre o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki e seus opositores sunitas, que causaram manifestações há três semanas
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h47.
Kirkuk - Pelo menos 42 pessoas morreram e 245 ficaram feridas em uma onda de atentados, nesta quarta-feira, que ensanguentou Bagdá e duas cidades do norte do Iraque , em meio a uma disputa entre o governo central e a região autônoma do Curdistão.
Estes novos atos de violência podem acentuar ainda mais as tensões entre o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki e seus opositores sunitas, que causaram manifestações há três semanas.
Nesta quarta-feira em Kirkuk -240 km ao norte de Bagdá, povoada por árabes, curdos e turcomanos- dois carros-bomba causaram a morte de 26 pessoas e deixaram 190 feridos, segundo o chefe dos serviços de saúde da província, Sadiq Omar Raul.
Esta cidade faz parte de uma faixa territorial reivindicada tanto pelo governo federal como pelo Curdistão iraquiano.
Para muitos diplomatas e dirigentes, estas tensões, alimentadas também por disputas relacionadas com a exploração de petróleo no Curdistão, representam a longo prazo a maior ameaça para a estabilidade do país.
Martin Kobler, representante das Nações Unidas no Iraque, condenou os ataques e exortou os dirigentes "a trabalhar sem demora para acalmar a situação".
Mais tarde, em Touz Khourmatou, cinco civis morreram e 40 ficaram feridos na explosão de um carro-bomba, conduzido por um terrorista suicida. O ataque foi praticado próximo à sede da União Patriótica do Curdistão, do presidente iraquiano Jalal Talabani.
Os atentados não foram reivindicados, mas o Estado Islâmico do Iraque, braço armado da Al-Qaeda no país, efetua regularmente ataques com o objetivo de desestabilizar o governo e exacerbar as tensões religiosas.
Em Bagdá, cinco ataques diferentes causaram a morte de seis pessoas. Em Baiji, Tikrit e Hawija, situadas no norte da capital, outros atentados deixaram três vítimas fatais.
Esta é a maior onda de violência no Iraque desde 17 de dezembro.
Ela ocorre depois do assassinato de Aifan Sadun al-Isaui, deputado sunita comprometido com a luta contra a Al-Qaeda ao lado das milícias Sahwa (O Despertar, em árabe).
Desde o final de dezembro, a minoria sunita organiza manifestações para denunciar a sua "marginalização" pelo governo de Maliki. Pede a libertação de presos assim como a anulação das leis antiterroristas.
Em um novo gesto, o vice-primeiro-ministro Hussein Chahristani anunciou nesta quarta a libertação de 70 presos injustamente encarcerados, depois de outros 335 terem sido libertados desde a semana passada.
Kirkuk - Pelo menos 42 pessoas morreram e 245 ficaram feridas em uma onda de atentados, nesta quarta-feira, que ensanguentou Bagdá e duas cidades do norte do Iraque , em meio a uma disputa entre o governo central e a região autônoma do Curdistão.
Estes novos atos de violência podem acentuar ainda mais as tensões entre o primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki e seus opositores sunitas, que causaram manifestações há três semanas.
Nesta quarta-feira em Kirkuk -240 km ao norte de Bagdá, povoada por árabes, curdos e turcomanos- dois carros-bomba causaram a morte de 26 pessoas e deixaram 190 feridos, segundo o chefe dos serviços de saúde da província, Sadiq Omar Raul.
Esta cidade faz parte de uma faixa territorial reivindicada tanto pelo governo federal como pelo Curdistão iraquiano.
Para muitos diplomatas e dirigentes, estas tensões, alimentadas também por disputas relacionadas com a exploração de petróleo no Curdistão, representam a longo prazo a maior ameaça para a estabilidade do país.
Martin Kobler, representante das Nações Unidas no Iraque, condenou os ataques e exortou os dirigentes "a trabalhar sem demora para acalmar a situação".
Mais tarde, em Touz Khourmatou, cinco civis morreram e 40 ficaram feridos na explosão de um carro-bomba, conduzido por um terrorista suicida. O ataque foi praticado próximo à sede da União Patriótica do Curdistão, do presidente iraquiano Jalal Talabani.
Os atentados não foram reivindicados, mas o Estado Islâmico do Iraque, braço armado da Al-Qaeda no país, efetua regularmente ataques com o objetivo de desestabilizar o governo e exacerbar as tensões religiosas.
Em Bagdá, cinco ataques diferentes causaram a morte de seis pessoas. Em Baiji, Tikrit e Hawija, situadas no norte da capital, outros atentados deixaram três vítimas fatais.
Esta é a maior onda de violência no Iraque desde 17 de dezembro.
Ela ocorre depois do assassinato de Aifan Sadun al-Isaui, deputado sunita comprometido com a luta contra a Al-Qaeda ao lado das milícias Sahwa (O Despertar, em árabe).
Desde o final de dezembro, a minoria sunita organiza manifestações para denunciar a sua "marginalização" pelo governo de Maliki. Pede a libertação de presos assim como a anulação das leis antiterroristas.
Em um novo gesto, o vice-primeiro-ministro Hussein Chahristani anunciou nesta quarta a libertação de 70 presos injustamente encarcerados, depois de outros 335 terem sido libertados desde a semana passada.