Atentado talibã e tiroteio em Cabul deixam 30 mortos
O ataque aconteceu em um horário de grande movimento contra um edifício da principal agência de inteligência do Afeganistão
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2016 às 15h00.
Trinta pessoas morreram e centenas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba seguida por um intenso tiroteio nesta terça-feira em Cabul, no primeiro ataque dos talibãs na capital afegã desde o início de sua "ofensiva de primavera".
O ataque aconteceu em um horário de grande movimento contra um edifício da Direção Nacional de Segurança (NDS), a principal agência de inteligência do Afeganistão.
Os rebeldes islamitas reivindicaram o ataque suicida com carro-bomba, uma tática utilizada com frequência contra as forças afegãs desde o início da insurreição em 2001, após a queda do regime talibã.
"Um dos terroristas detonou uma caminhonete repleta de explosivos em um estacionamento público próximo ao edifício governamental", disse o chefe de polícia de Cabul, Abdul Rahman Rahimi.
"O segundo agressor foi morto após um tiroteio com as forças de segurança", completou.
O porta-voz do ministério do Interior, Sediq Sediqqi, declarou que 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas nos ataques.
Ele acrescentou que mais de 320 ficaram feridas, com muitas delas lutando pela vida no hospital.
"Condenamos nos termos mais firmes o ataque terrorista desta manhã no bairro de Puli Mahmood Khan, em Cabul", afirma um comunicado da presidência afegã.
Os talibãs recorrem com frequência aos atentados suicidas contra a polícia, o exército e os serviços de inteligência, considerados pelos insurgentes como "lacaios" das forças estrangeiras presentes no Afeganistão.
A explosão foi tão potente que quebrou as janelas de prédios a vários quilômetros de distância e provocou uma fumaça espessa.
Zabihula Mujahid, porta-voz habitual dos talibãs, afirmou que os combatentes conseguiram entrar no prédio da NDS. Fontes do governo afegão não confirmaram a informação, mas correspondentes da AFP ouviram tiros perto do complexo.
OS talibãs anunciaram na semana passada o início da "ofensiva de primavera", a "Operação Omari" em homenagem ao fundador dos talibãs, o mulá Omar, que teve a morte anunciada ano passado.
O movimento islamita advertiu que executaria "ataques de grande envergadura contra posições inimigas" durante a ofensiva, especialmente contra os 13.000 soldados da Otan presentes no país, dos quais o grupo rebelde exige a saída.
Na sexta-feira passada, os insurgentes atacaram Kunduz, grande cidade do norte do país, que conseguiram ocupar e controlar durante alguns dias em 2015.
O exército, que está sozinho na linha de combate desde o fim da missão de combate da Otan em 2014, conseguiu provocar o recuo dos talibãs em Kunduz.
Para tentar acabar com o conflito, o governo afegão tenta retomar as negociações de paz, paralisadas desde o ano passado, após o anúncio da morte do mulá Omar.
Além dos talibãs, que têm como novo líder o mulá Akhtar Mansur, as forças afegãs também enfrentam o grupo Estado Islâmico (EI), formado em parte por facções dissidentes talibãs e presente sobretudo no leste do país, na fronteira com o Paquistão.
Trinta pessoas morreram e centenas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba seguida por um intenso tiroteio nesta terça-feira em Cabul, no primeiro ataque dos talibãs na capital afegã desde o início de sua "ofensiva de primavera".
O ataque aconteceu em um horário de grande movimento contra um edifício da Direção Nacional de Segurança (NDS), a principal agência de inteligência do Afeganistão.
Os rebeldes islamitas reivindicaram o ataque suicida com carro-bomba, uma tática utilizada com frequência contra as forças afegãs desde o início da insurreição em 2001, após a queda do regime talibã.
"Um dos terroristas detonou uma caminhonete repleta de explosivos em um estacionamento público próximo ao edifício governamental", disse o chefe de polícia de Cabul, Abdul Rahman Rahimi.
"O segundo agressor foi morto após um tiroteio com as forças de segurança", completou.
O porta-voz do ministério do Interior, Sediq Sediqqi, declarou que 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas nos ataques.
Ele acrescentou que mais de 320 ficaram feridas, com muitas delas lutando pela vida no hospital.
"Condenamos nos termos mais firmes o ataque terrorista desta manhã no bairro de Puli Mahmood Khan, em Cabul", afirma um comunicado da presidência afegã.
Os talibãs recorrem com frequência aos atentados suicidas contra a polícia, o exército e os serviços de inteligência, considerados pelos insurgentes como "lacaios" das forças estrangeiras presentes no Afeganistão.
A explosão foi tão potente que quebrou as janelas de prédios a vários quilômetros de distância e provocou uma fumaça espessa.
Zabihula Mujahid, porta-voz habitual dos talibãs, afirmou que os combatentes conseguiram entrar no prédio da NDS. Fontes do governo afegão não confirmaram a informação, mas correspondentes da AFP ouviram tiros perto do complexo.
OS talibãs anunciaram na semana passada o início da "ofensiva de primavera", a "Operação Omari" em homenagem ao fundador dos talibãs, o mulá Omar, que teve a morte anunciada ano passado.
O movimento islamita advertiu que executaria "ataques de grande envergadura contra posições inimigas" durante a ofensiva, especialmente contra os 13.000 soldados da Otan presentes no país, dos quais o grupo rebelde exige a saída.
Na sexta-feira passada, os insurgentes atacaram Kunduz, grande cidade do norte do país, que conseguiram ocupar e controlar durante alguns dias em 2015.
O exército, que está sozinho na linha de combate desde o fim da missão de combate da Otan em 2014, conseguiu provocar o recuo dos talibãs em Kunduz.
Para tentar acabar com o conflito, o governo afegão tenta retomar as negociações de paz, paralisadas desde o ano passado, após o anúncio da morte do mulá Omar.
Além dos talibãs, que têm como novo líder o mulá Akhtar Mansur, as forças afegãs também enfrentam o grupo Estado Islâmico (EI), formado em parte por facções dissidentes talibãs e presente sobretudo no leste do país, na fronteira com o Paquistão.