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Atentado suicida do EI mata 49 soldados no Iêmen

Além dos mortos, dezenas de soldados ficaram feridos em um atentado suicida contra um quartel militar na província de Áden, no sul do país

Iêmen; terrorista com um colete com explosivos detonou a carga que levada encostada ao corpo no meio de um grupo de recrutas (Getty Images)

Iêmen; terrorista com um colete com explosivos detonou a carga que levada encostada ao corpo no meio de um grupo de recrutas (Getty Images)

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EFE

Publicado em 18 de dezembro de 2016 às 11h46.

Sana, 18 dez (EFE).- Ao menos 49 soldados leais ao presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, morreram neste domingo e dezenas ficaram feridos em um atentado suicida contra um quartel militar na província de Áden, no sul do país, um ataque reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Segundo uma fonte de segurança da província, um terrorista com um colete com explosivos detonou a carga que levada encostada ao corpo no meio de um grupo de recrutas que esperava seu turno para receber o salário no quartel militar da Segurança Central de Al Saulaban, onde no último dia 10 36 recrutas faleceram em um ataque similar.

Em comunicado divulgado pela internet, e que ainda não teve a autenticidade confirmada, o EI reivindicou o ataque. O grupo, que também assumiu o atentado do último dia 10, afirmou que o número de mortos supera os 70.

A nota identifica o terrorista suicida como Abu Hashim al Radfani e explica que ele se explodiu perto de uma concentração de "soldados apóstatas" leais a Hadi que estavam no quartel de Al Saulaban.

Além disso, há várias dezenas de militares feridos pelo ataque contra o quartel, situado na região de Al Arish, nas proximidades do aeroporto de Áden, a cerca de 20 quilômetros a leste da cidade, a principal do sul do país e capital provisória do governo de Hadi, acrescentou a fonte.

Fontes policiais explicaram à Agência Efe que o suicida detonou o colete de explosivo que carregava perto de recrutas que esperavam do lado de fora da instalação militar. Devido às medidas de segurança implementadas depois do ataque do dia 10, eles aguardavam ainda aguardavam autorização para entrar no quartel.

Cerca de mil soldados tinham ido ao local para receber seus salários. Para evitar aglomerações, os seguranças não permitiram a entrada dos militares que não receberiam o pagamento hoje. Por isso, eles se concentraram na parte de fora do quartel.

Em dezembro do ano passado, outro suicida detonou a carga de explosivos perto de uma barreira de segurança, na entrada do quartel Al Saulaban, em um momento no qual vários agentes da Polícia e soldados faziam fila para receber seu salário, após três meses de falta de pagamentos.

Tal atentado foi assumido pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que em julho já lançou outro ataque contra o mesmo quartel, no qual morreram 14 pessoas.

Áden tem sido palco de vários ataques contra representantes do governo e membros destacados das forças de segurança, em meio à instabilidade vivida pelo país.

A guerra civil entre os rebeldes houthis e as forças leais a Hadi favoreceram o fortalecimento da Al Qaeda e do EI. EFE

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