Militares andam pelas ruas na Turquia: nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade (Tensão na Turquia - Militares checam identificações - 15/03/2016)
Da Redação
Publicado em 1 de maio de 2016 às 17h01.
Gaziantep - Dois policiais foram mortos e 22 pessoas ficaram feridas em um ataque com carro-bomba na cidade de Gaziantep, sudeste da Turquia, em um dos dois ataques contra forças de segurança, informaram o governador e fontes policiais neste domingo.
Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade, mas forças de segurança disseram que a polícia fez buscas nas casas de um suspeito militante do Estado Islâmico o qual, acredita-se, tenha realizado o ataque. O pai do suspeito foi detido para testes de DNA e questionamento.
A Turquia sofreu ataques recentemente tanto de militantes curdos quanto de membros do Estado Islâmico, aumentando preocupações, inclusive entre aliados da Otan, sobre crescentes efeitos do conflito na vizinha Síria. A cidade de Gaziantep fica a apenas 65 quilômetros da fronteira.
Acredita-se que o suspeito de Gaziantep tenha detonado um veículo com bombas em frente ao quartel-general da polícia da cidade, em uma rua que abriga diversos prédios do governo da província.
"O pai de um suspeito o qual, acredita-se, tenha realizado o ataque foi detido. Temos registros de ligação do suspeito com o Estado Islâmico", disse uma fonte das forças de segurança.
Fontes também disseram que outro veículo estava envolvido no ataque. Enquanto o militante suicida estava dentro do carro detonado, três homens dentro de outro abriram fogo contra policiais que faziam a guarda do prédio.
Dezenove policiais e quatro civis ficaram feridos, de acordo com comunicado do gabinete do governador. Um policial morreu no local, e um segundo faleceu no hospital, disse uma fonte.
"Temos oito pessoas em tratamento intensivo. Sete delas são policiais", disse o vice-primeiro-ministro, Mehmet Simsek, a repórteres após visitar os feridos.
Diversos atentados suicidas neste ano, incluindo dois na maior cidade turca, Istambul, foram atribuídos ao Estado Islâmico. Dois atentados na capital, Ancara, foram reivindicados por um grupo militante curdo.