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Atentado em Berlim: corpo de caminhoneiro tinha sinais de luta

O polonês encontrado morto na cabine do caminhão utilizado no ataque era de fato o condutor do veículo e seu corpo tinha sinais de golpes, disse a polícia

Berlim: "vimos sinais de espancamento, está claro que lutou. Seu rosto estava sangrando, machucado", esclareceu a polícia (Hannibal Hanschke/Reuters)

Berlim: "vimos sinais de espancamento, está claro que lutou. Seu rosto estava sangrando, machucado", esclareceu a polícia (Hannibal Hanschke/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 13h38.

O polonês encontrado morto na cabine do caminhão utilizado no ataque de Berlim era de fato o condutor do veículo, e seu corpo apresentava sinais de golpes, assegurou a transportadora para a qual ele trabalhava.

O homem de 37 anos, que deixa esposa e um filho de 17 anos, era um homem grande de 120 quilos e 1.83 de altura, disse à imprensa polonesa Ariel Zurawski, dono de uma empresa de transporte instalada perto de Gryfino, no noroeste da Polônia.

"Não há pessoa que teria razões para fazer isso", garantiu. O homem morto era seu primo, a quem conhecia desde a infância.

Zurawski foi chamado no meio da noite pela polícia polonesa para identificar a vítima em uma foto. "Vimos sinais de espancamento, está claro que lutou. Seu rosto estava sangrando, machucado. Havia uma ferida com uma faca", conta.

"A polícia me disse que havia também um ferimento de bala".

A família do motorista está em estado de choque. Seu pai foi levado ao hospital.

Sua esposa foi à polícia, mas não viu a fotografia. "Era é uma pessoa de grande força", disse Zurawski.

"Ele queria voltar a qualquer preço na quinta-feira, o mais tardar, para comprar um presente para sua esposa", disse o contratante.

O motorista teve o último contato por telefone com sua esposa por volta das 15 horas. Falaram pouco, porque ela ainda estava no trabalho e deveriam voltar a se falar uma hora depois. Mas às 16h00 ele já não atendia mais o telefone.

Posteriormente,conseguiu rastrear o veículo graças ao GPS. Por volta das 15h45, o caminhão foi ligado, mas fazia apenas pequenos movimentos para trás e para a frente, "como se alguém estivesse aprendendo a dirigir-lo".

Nesse momento, Zurawski entendeu que "alguma coisa ruim" tinha acontecido.

O caminhão deixou o estacionamento onde estava às 19H40, fazendo um percurso de dez quilômetro até a feira de Natal.

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