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Ataques suicidas atingem Kobani, entre a Síria e a Turquia

Cidade está sendo palco de fortes conflitos entre as forças curdas e os militantes do Estado Islâmico, de acordo com fontes curdas

Kobani: ataques marcaram pequeno avanço de militantes radicais sobre a cidade curda (Umit Bektas/Reuters)

Kobani: ataques marcaram pequeno avanço de militantes radicais sobre a cidade curda (Umit Bektas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 15h56.

Amã - Três homens-bomba do Estado Islâmico atacaram nesta segunda-feira na cidade de Kobani, próxima da fronteira da Turquia com a Síria, de acordo com um grupo de monitoramento, o que marcou pequeno avanço dos militantes radicais sobre a cidade curda sitiada.

Em um dos ataques, um militante do Estado Islâmico detonou um caminhão repleto de explosivos no norte da cidade curda de Kobani, que está sendo palco de fortes conflitos entre as forças curdas e os militantes do Estado Islâmico, de acordo com fontes curdas.

Idris Nassan, um oficial curdo em Kobani, disse que dois combatentes curdos ficaram feridos por conta do ataque suicida.

“Eles tentaram avançar em direção (da fronteira), mas a milícia curda os repeliu… e eles não conseguiram ir adiante”, disse Nassan à Reuters.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, grupo que monitora o conflito, relatou mais confrontos nesta segunda-feira dentro da cidade, onde ataques aéreos liderados pelos EUA até agora fracassaram em conter o avanço dos militantes.

Rami Abderahman, do Observatório Sírio, disse que um dos ataques suicidas tinha como alvo uma estação de ônibus na região noroeste de Kobani e que o grupo controla cerca de 50 por cento da cidade.

"Eles agora controlam o centro cultural, o que significa que eles avançaram ainda mais na cidade", disse.

O Observatório afirma que houve, pelo menos, cinco ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos no início da segunda-feira, focando prioritariamente os distritos no sul de Kobani, conhecido como Ayn al-Arab em árabe.

Os confrontos continuaram também no leste da cidade, matando dezenas de militantes do Estado Islâmico, segundo o Observatório.

O grupo militante busca assumir o controle da cidade para consolidar a sua marcha pelo norte do Iraque e Síria.

O avanço do grupo, que defende uma abordagem particularmente conservadora do islamismo, causou grandes reverberações pelo Oriente Médio.

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