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Ataques cibernéticos: EUA pressionam empresas e adversários estrangeiros

O maior frigorífico e o maior oleoduto do mundo foram alvos de ataques em solo americano

Crimes cibernéticos: implicações e consequências no mundo físico já ficaram claras (Centro de Combate aos Crimes Cibernéticos/Divulgação)

Crimes cibernéticos: implicações e consequências no mundo físico já ficaram claras (Centro de Combate aos Crimes Cibernéticos/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2021 às 15h24.

Autoridades dos EUA aumentaram neste domingo a pressão sobre empresas e adversários estrangeiros para combater cibercriminosos e disseram que o presidente Joe Biden está considerando todas as opções, incluindo uma resposta militar, para conter a ameaça crescente.

O governo Biden está procurando "todas as opções" para defender o país contra criminosos de ransomware, disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, em uma entrevista neste domingo, quando questionada se uma ação militar estava sendo considerada.

Raimondo não detalhou como essas opções podem parecer, mas disse que o assunto estará na agenda quando o presidente se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, neste mês. A crescente ameaça de ataques cibernéticos levou o governo Biden a uma postura mais agressiva contra a Rússia, que se acredita estar abrigando alguns dos criminosos.

"Não estamos retirando nada da mesa ao pensarmos em possíveis repercussões, consequências ou retaliações", disse Raimondo.

No último fim de semana, o maior frigorífico do mundo, a JBS, foi alvo de cibercriminosos e, em maio, o maior oleoduto de combustível dos Estados Unidos foi atacado, alimentando temores sobre interrupções no fornecimento de alimentos e combustível.

Os adversários dos EUA têm a capacidade de desligar toda a rede elétrica do país, disse a secretária de Energia Jennifer Granholm separadamente em uma entrevista à CNN, observando "milhares de ataques em todos os aspectos do setor de energia".

Os recentes ataques de alto perfil levaram Biden a colocar a questão da Rússia em abrigar hackers na agenda de seu encontro com Putin.

A Casa Branca planeja usar a cúpula de 16 de junho para entregar uma mensagem clara ao líder russo, dizem as autoridades. Um próximo passo pode ser a desestabilização dos servidores usados para realizar tais hackers, dizem alguns especialistas em cibernética.

As autoridades americanas estão pedindo às empresas privadas que sejam mais vigilantes e transparentes sobre os ataques. O secretário de Transportes, Pete Buttigieg, disse neste domingo que o ataque de maio ao Colonial Pipeline, que criou uma escassez temporária de gasolina, mostrou as implicações nacionais de um hacker em uma empresa privada.

 

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