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Ataque talibã mata 13 em represália por execução de islamita

O atentado suicida, no qual um homem detonou sua carga explosiva, afetou a sede das autoridades judiciais da cidade de Shabqadar


	Paquistão: uma facção dos talibãs paquistaneses, Khamat-ul-Ahrar, reivindicou o atentado
 (Fayaz Aziz / Reuters)

Paquistão: uma facção dos talibãs paquistaneses, Khamat-ul-Ahrar, reivindicou o atentado (Fayaz Aziz / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 09h37.

Um suicida atacou nesta segunda-feira um tribunal do noroeste do Paquistão, provocando a morte de ao menos 13 pessoas, em um atentado reivindicado pelos talibãs para se vingarem pela execução, na semana passada, de um islamita condenado por assassinato.

O atentado suicida, no qual um homem detonou sua carga explosiva, afetou a sede das autoridades judiciais da cidade de Shabqadar, em uma hora de grande movimento, enquanto os advogados e funcionários se dirigiam ao complexo.

Ao menos 13 pessoas morreram até agora e 23 ficaram feridas, indicou à AFP Fayaz Khan, um oficial de polícia da zona.

Dois dos 13 mortos são policiais, confirmou o chefe da polícia do distrito de Charsadd, onde se encontra Shabqadar, Sohail Jalid, ao confirmar o atentado suicida.

"Segundo os primeiros testemunhos, um suicida entrou no tribunal e detonou a carga explosiva no momento em que um policial tentava impedir sua passagem", acrescentou Jalid.

Uma facção dos talibãs paquistaneses, Khamat-ul-Ahrar, reivindicou o atentado.

O grupo afirmou que se tratava de uma represália após o enforcamento de Mumtaz Qadri, considerado um herói em alguns círculos conservadores por ter matado em 2011 um governador favorável a uma controversa reforma de uma lei que reprimia a blasfêmia.

Qadri foi enforcado na madrugada da última segunda-feira, uma decisão considerada um momento decisivo para o Paquistão, onde as autoridades são acusadas com frequência de laxismo ante os extremistas. Seu funeral reuniu 100.000 pessoas.

Os talibãs ressaltaram ter atentado contra um tribunal num momento em que a justiça paquistanesa reforça as "leis anti-islâmicas", indicou à AFP um porta-voz do grupo, Ehsanullah Ehsan.

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