Ataque nuclear da Coreia do Norte seria 'o fim' do regime, diz Pentágono
"Qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos, ou seus aliados e parceiros, é inaceitável e levaria ao fim desse regime, afirmou defesa do EUA
AFP
Publicado em 27 de outubro de 2022 às 14h45.
Um ataque nuclear da Coreia do Norte contra os interesses americanos significaria o "fim" do regime de Kim Jong Un - alertou o Pentágono em sua nova Estratégia Nuclear divulgada nesta quinta-feira (27), junto com a Estratégia de Defesa.
É a primeira vez que ambas são divulgadas juntas.
"Qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos, ou seus aliados e parceiros, é inaceitável e levaria ao fim desse regime. Não há cenário, em que o regime de Kim possa usar armas nucleares e sobreviver", advertiu o Departamento da Defesa dos EUA no documento.
Os Estados Unidos disseram considerar suas armas nucleares como destinadas a dissuadir "todas as formas de ataque estratégico", incluindo os que envolvem armas convencionais, advertiu o Pentágono.
"Isso inclui o emprego nuclear em qualquer escala e inclui ataques de alto impacto de natureza estratégica, usando meios não nucleares", disse um funcionário da Defesa à imprensa.
Esta nova abordagem pretende "complicar a tomada de decisões" do adversário, no momento em que a Rússia acusa a Ucrânia de se preparar para utilizar uma "bomba suja".
"A Rússia lançou sua agressão contra a Ucrânia sob ameaça nuclear, com declarações irresponsáveis, exercícios nucleares em datas irregulares e mentiras sobre o potencial uso de armas de destruição em massa", especifica o documento.
Já a China se esforça para ampliar, modernizar e diversificar suas forças nucleares, ressalta o Pentágono, afirmando que Pequim "talvez queira possuir pelo menos 1.000 ogivas nucleares até o final da década".
Mas "a Rússia é o principal rival dos Estados Unidos, com as forças nucleares mais diversas", diz o documento.
A Rússia tem 1.550 ogivas nucleares prontas para uso, e 2.000, não mobilizadas.
"Seu moderno arsenal nuclear, que deve crescer, representa uma ameaça existencial no longo prazo para os Estados Unidos e nossos aliados e sócios", acrescentou o Pentágono.
"Na década de 2030, os Estados Unidos se verão, pela primeira vez em sua história, diante de duas grandes potências nucleares (que serão) rivais estratégicas e adversários potenciais", reforçou.
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