Cabul - Pelo menos 89 civis morreram, incluindo várias crianças, e outros 42 ficaram feridos em um ataque suicida perpetuado contra um mercado na província de Paktika, no Afeganistão, informou nesta terça-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

O ataque, cometido com um veículo carregado de explosivos, ocorreu por volta do meio-dia local em um movimentado mercado do distrito de Orgun. De acordo com a fonte, entre as vítimas há um grande número de mulheres e crianças.

"Posso confirmar que 89 pessoas morreram, entre elas crianças e mulheres, e outras 42 ficaram feridas", indicou Azimi, que ressaltou que, devido à gravidade dos feridos, muitos foram levados de helicóptero ao hospital.

O governador do distrito de Orgun, Mohammed Reza Kharoti, disse à Agência Efe que o mercado estava cheio de gente por conta das compras do Ramadã e da festa de Eid al-Adha - a Festa do Sacrifício, a maior festividade para os muçulmanos.

Segundo a fonte, trata-se de um dos piores atentados cometidos no país asiático nos últimos anos.

Os atentados suicidas são, junto aos artefatos explosivos improvisados (IED, na sigla em inglês), os métodos mais usados pelos talibãs para atacar às forças afegãs e internacionais, tendo em vista que os mesmos costumam causar um elevado número de vítimas, principalmente entre civis.

Além disso, nesta manhã, dois funcionários do Palácio Presidencial morreram e sete ficaram feridos nos arredores de Cabul após a explosão de uma bomba, detonada em meio à passagem do veículo que era conduzido pelas vítimas.

Cerca de 1,5 mil civis morreram nos seis primeiros meses deste ano no Afeganistão, 17% a mais que o número registrado na primeira metade de 2013, enquanto os feridos ultrapassam os 3,2 mil.

Os dados em questão revelam uma preocupante situação no Afeganistão, principalmente depois que as forças de segurança locais assumissem a segurança do país no último ano, em paralelo a retirada gradativa das tropas da Isaf.

A missão da Otan no país asiático (Isaf) será concluída no fim de 2014, embora o governo americano já tenha anunciado a permanência de 9.800 soldados até 2016, quando ocorrerá a saída definitiva. 

*Atualizada às 09h12 do dia 15/07/2014