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Ataque deixa pelo menos 35 mortos na Somália

Além de matar pelo menos 35 soldados, a Al Shabab levou veículos e munição militar, e suspeita-se que poderia ter sequestrado vários soldados


	Somália: nos últimos meses, os jihadistas lançaram vários ataques similares contra bases militares da União Africana
 (Mustafa Abdi/AFP)

Somália: nos últimos meses, os jihadistas lançaram vários ataques similares contra bases militares da União Africana (Mustafa Abdi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 09h17.

Mogadíscio - Pelo menos 35 soldados morreram e outros 23 ficaram feridos em um ataque do grupo terrorista Al Shabab contra uma base militar próxima a Mogadíscio, a capital da Somália, informaram nesta segunda-feira à Agência Efe as autoridades regionais.

O ataque ocorreu ontem à noite na base somali de Lanta-Bur, cerca de 45 quilômetros da capital, quando um grupo de terroristas tomaram o controle do acampamento militar, explicou à Agência Efe o governador da região de Baixa Shabelle, Ibrahim Ali Adan.

Além de matar pelo menos 35 soldados, a Al Shabab levou veículos e munição militar, e suspeita-se que poderia ter sequestrado vários soldados.

Após o ataque, o Exército da Somália enviou reforços à região para prestar socorro às vítimas.

O ataque ocorreu pouco depois que o Exército queniano assegurou que suas tropas, integradas na Missão da União Africana na Somália (AMISOM), matou 34 membros da Al Shabab durante o fim de semana.

Nos últimos meses, os jihadistas lançaram vários ataques similares contra bases militares da União Africana (UA) em território somali.

O último deles ocorreu em 15 de janeiro, quando os terroristas mataram pelo menos 180 soldados quenianos em uma base militar na cidade de Adde.

Em setembro, outro ataque a uma base militar de Janale, cerca de 90 quilômetros da capital, deixou dezenas de soldados ugandenses mortos, enquanto em junho outro ataque provocou a morte de dezenas de militares burundineses em um acampamento em Lego, no sul do país.

Fontes militares apontam que este tipo de ação demonstra que os jihadistas ainda têm capacidade para atacar perfis "altos", como a AMISOM.

A milícia islamita Al Shabab anunciou em 2012 sua adesão formal à Al Qaeda e luta por instaurar um Estado islâmico de linha wahhabista na Somália.

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