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Ataque deixa pelo menos 15 mortos em mercado na Somália

O ataque pode ser obra do grupo jihadista somali Al Shabab, que advertiu que continuaria com seus ataques após a eleição

Somália: mais de 60 pessoas ficaram feridas (Feisal Omar/Reuters)

Somália: mais de 60 pessoas ficaram feridas (Feisal Omar/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 09h45.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2017 às 10h26.

Mogadíscio - Pelo menos 15 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas neste domingo em um atentado com carro-bomba efetuado nos arredores de um mercado de Mogadíscio, capital da Somália, informou a imprensa local.

A forte explosão aconteceu quando um grande número de pessoas se encontrava neste popular mercado situado no distrito de Wadajir.

Dezenas de feridos já foram transferidos a hospitais próximos para receber atendimento médico e, dada sua gravidade, não se descarta que o número de vítimas mortais possa aumentar.

O atentado, que ainda não foi reivindicado por nenhum grupo, pode ser obra de Al Shabab, que advertiu que continuaria com seus ataques após a designação do novo presidente, Mohammed Abdullahi Farmaajo, no último dia 8 de fevereiro.

Os terroristas já atentaram contra o novo governo na quinta-feira passada, quando duas crianças morreram em decorrência do lançamento de vários bombas nas imediações do palácio presidencial, onde o novo presidente se encontrava reunido com seu antecessor, Hassan Shiekh Mohamud.

Nos últimos meses, os terroristas optaram por uma estratégia de confronto direto e lançaram vários ataques contra bases militares da missão da União Africana na Somália (AMISOM), o que causou a morte de centenas de soldados.

Além disso, dezenas de civis morreram em ataques realizados contra hotéis e restaurantes da capital, que se transformaram em alvo constante do grupo terrorista.

Segundo um recente relatório das Nações Unidas, Al Shabab segue tendo capacidade para efetuar ações em grande escala tanto dentro como fora da Somália e a situação da segurança no país africano "não melhorou".

A milícia radical, filial da Al Qaeda na Somália, luta para instaurar um Estado islâmico de caráter wahhabista no país, onde controla grandes extensões de território no sul e no centro.

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