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Ataque de rebeldes houthis deixa mortos pela primeira vez no Mar Vermelho

Ataques começaram em outubro em retaliação à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza

Rebeldes houthis contam com o apoio do Irã nos ataques contra embarcações (Mohammed Hamoud/Getty Images)

Rebeldes houthis contam com o apoio do Irã nos ataques contra embarcações (Mohammed Hamoud/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 7 de março de 2024 às 08h28.

Um ataque com mísseis balísticos feito por rebeldes houthis contra um navio comercial no Golfo de Áden deixou ao menos três membros da tripulação mortos e seis feridos, informaram autoridades americanas nesta quarta-feira. É a primeira vez que uma ação do grupo iemenita, apoiado pelo Irã, deixa vítimas fatais desde o início dos ataques contra embarcações no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, em outubro, em retaliação à ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Outras quatro pessoas ficaram feridas, sendo três em estado grave.

Segundo o Comando Central dos Estados Unidos, a embarcação M/V True Confidence”, de bandeira de Barbados e propriedade liberiana, teve danos significativos. “A tripulação abandonou o barco e os navios de guerra da coalizão responderam e estão avaliando a situação”, disse o Centcom, ao destacar que se tratava da quinta vez que os huthis lançavam um míssil balístico em dois dias.

Devido aos ataques dos huthis, os Estados Unidos implementaram uma força internacional de proteção marítima e realizaram, muitas vezes com a ajuda do Reino Unido, bombardeios contra posições dos rebeldes no Iêmen. Por isso os insurgentes também atacam barcos americanos e britânicos. 

O Golfo de Áden dá acesso ao Mar Vermelho, por onde várias embarcações cortam caminho para chegar à Europa pelo Canal de Suez, que faz ligação com o Mar Mediterrâneo. Cerca de 15% do comércio mundial utiliza a rota, mas muitas embarcações estão preferindo dar a volta pelo continente africano para fugir dos ataques dos houthis. Segundo a ONU, na primeira quinzena de fevereiro, o Canal de Suez sofreu uma queda de 42% no fluxo local em relação ao seu pico em 2023.
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