Ataque de islamitas somalis no Quênia mata 48 pessoas
As forças de segurança locais continuam procurando por vítimas
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2014 às 07h51.
Mombaça - Pelo menos 48 pessoas morreram em um ataque de islamitas somalis na madrugada desta segunda-feira na cidade costeira queniana de Mpeketoni, anunciou a Cruz Vermelha do <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/quenia">Quênia</a></strong>.</p>
As forças de segurança locais continuam procurando por vítimas.
Segundo uma fonte policial que pediu anonimato, o número de mortos pode aumentar, pois as autoridades ainda procuram por cadáveres após o ataque, iniciado na noite de domingo e que prosseguiu durante a madrugada de segunda-feira.
A operação, que até o momento não foi reivindicada, é a mais violenta e audaciosa desde o ataque ao centro comercial Westgate de Nairóbi em setembro de 2013, reivindicado pelos extremistas "shebab" e que deixou 67 mortos.
Quase 50 homens atacaram a localidade de Mpeketoni, a 100 km da fronteira somali e a 30 km da cidade turística de Lamu, patrimônio mundial da Unesco.
Ao amanhecer o clima era relativamente calmo na localidade, segundo fontes do governo local.
"Eram quase 50 criminosos, fortemente armados, que estavam em três automóveis. Exibiam a bandeira dos shebab e falavam em somali. Gritavam "Allahu Akba" (Deus é grande)", declarou o chefe adjunto da polícia do departamento, Benson Maisori.
Vários hotéis, restaurantes, bancos e prédios governamentais foram destruídos por incêndios.
Os ataques e atentados ganharam força recentemente no Quênia, atribuídos aos islamitas somalis shebab e a seus simpatizantes no Quênia.
Os shebab ameaçaram com represálias depois que o Quênia enviou seu exército para combater os extremistas na Somália, em outubro de 2011.
O exército queniano se uniu à força da União Africana que combate os islamitas.