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Ataque com explosivos deixa sete policiais mortos na Colômbia

Segundo a Promotoria, os soldados foram "emboscados" enquanto viajavam em um veículo oficial para San Luis

Policiais colombianos participam de homenagem na Polícia Metropolitana de Neiva em 2 de setembro de 2022, após um ataque com explosivos matar oito policiais

 (AFP/AFP)

Policiais colombianos participam de homenagem na Polícia Metropolitana de Neiva em 2 de setembro de 2022, após um ataque com explosivos matar oito policiais (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 3 de setembro de 2022 às 09h32.

Uma emboscada com explosivos contra uma patrulha policial em uma área rural do sudoeste da Colômbia deixou sete homens uniformizados mortos na sexta-feira (2), informaram autoridades.

Embora a princípio o presidente Gustavo Petro tenha relatado em um tuíte sobre oito mortes no ataque, o saldo final da polícia contabiliza sete mortes.

Um irmão do auxiliar de polícia Gustavo Alberto Esquivel Rojas afirmou que seu parente foi "o único sobrevivente do ataque", em entrevista ao programa noturno da Rádio Caracol.

Segundo a Promotoria, os soldados foram "emboscados" enquanto viajavam em um veículo oficial para San Luis, zona rural localizada a mais de duas horas de Neiva, capital do departamento de Huíla, de onde haviam partido.

"Eles foram vítimas da ativação de um artefato explosivo", disse a Polícia Nacional em comunicado.

As autoridades não forneceram informações sobre os responsáveis pela agressão mais grave contra as forças de segurança desde que Petro chegou ao poder, que tomou posse no início de agosto e propôs uma política de "paz total" a vários grupos armados para desativar o conflito de quase seis décadas.

"Sabotar a paz"

O primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia avança na reativação das negociações de paz com os guerrilheiros do ELN, interrompidas em 2019 após um ataque a uma escola de polícia que deixou 22 mortos, além do agressor.

Ele também propôs um cessar-fogo "multilateral" com os rebeldes que romperam com o pacto de paz que desarmou os guerrilheiros das Farc em 2017 e os exércitos do narcotráfico.

Tanto o maior grupo das chamadas dissidências quanto as quadrilhas de traficantes agrupadas em torno do poderoso Clã do Golfo estão abertos a participar do cessar-fogo, sem chegar a um acordo com o governo por enquanto.

"Esses eventos expressam uma clara sabotagem da paz total", escreveu o presidente no Twitter, que chegou a Neiva à noite para se reunir com o chefe de polícia, antecipando "decisões urgentes".

O ministro da Defesa, Iván Velásquez, pediu às Forças Armadas que "respondam com força a este ataque à paz".

Por sua vez, o representante especial do secretário-geral da ONU na Colômbia, Carlos Ruiz, pediu para "continuar a insistir nos esforços em torno da paz".

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