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Ataque armado deixa 26 mortos no Burundi, entre eles 11 crianças

O Burundi vive uma onda de violência desde 2015, quando Nkurunziza anunciou que se apresentaria pela terceira vez às eleições

Refugiados de Burundi montam prédio no campo de Mahama, em Ruanda. O edifício será usado como oficina e restaurante, patrocinado pela organização de caridade Madison Shalom. Foto de 5 de abril de 2018. (Adaobi Tricia/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de maio de 2018 às 10h47.

Buganda (Burundi) - Um ataque cometido por homens armados na noite de sexta-feira na cidade de Buganda, no noroeste de Burundi, deixou 26 mortos, entre eles 11 crianças, e sete feridos, informou neste sábado o governo do país africano.

Um grupo de homens armados atacou ontem à noite, por volta das 22h locais (17h em Brasília), a colina de Ruhagarika, situada na fronteira com a República Democrática (RD) do Congo.

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O ministro de Segurança Pública de Burundi, Alain-Guillaume Bunyoni, que se encontra na região, confirmou que entre os 26 mortos há 11 menores de 14 anos e sete feridos, que foram transferidos para o hospital da capital, Bujumbura.

Os agressores chegaram da RD do Congo, segundo o ministro, que anunciou que seu governo está conversando com o país vizinho para encontrar os "terroristas".

O ataque acontece faltando cinco dias para a realização de um referendo para aprovar uma reforma constitucional em Burundi, que permitirá ao presidente Pierre Nkurunziza seguir no cargo até 2034.

O Burundi vive uma onda de violência desde os protestos suscitadas em 2015, quando Nkurunziza anunciou que se apresentaria pela terceira vez às eleições, algo proibido pela atual Constituição e que ele tenta agora modificar no referendo, e que também viola os acordos que acabaram com uma longa guerra civil em 2005.

A repressão se concentrou primeiro nos manifestantes e opositores e, desde o golpe de Estado fracassado em maio de 2015, o governo a recrudesceu.

Desde então, centenas de pessoas morreram e cerca de 500 mil foram obrigadas a deixar seus lares, segundo dados da ONU, que acusou o Executivo de crimes de contra a humanidade.

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