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Associação de bancos pede mais coordenação no G-20

Entidade teme que câmbio instável, aumento de juros nos países emregentes e cortes de déficit nos países ricos atrapalhe o crescimento

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Washington - O Instituto de Finanças Internacionais (IIF), associação que congrega os maiores bancos do mundo, pediu que o G-20 (grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo) desenvolva uma estratégia coordenada para políticas cambiais, reequilíbrio econômico e regulamentação do setor.

Em carta enviada a Youssef Boutros-Ghali, chefe do Comitê Monetário e Financeiro Internacional do Fundo Monetário Internacional (FMI), o IIF adverte que a crescente falta de coordenação entre os países do G-20 na área de regulamentação econômica e financeira ameaça minar a recuperação da economia mundial.

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Segundo o diretor executivo do IIF, Charles Dallara, os Estados Unidos, a China e os países da zona do euro deveriam desenvolver um entendimento similar ao Acordo do Plaza, assinado nos anos 1980, que levou as principais economias do mundo a coordenarem uma depreciação do dólar ante o iene e o marco alemão por intermédio dos mercados.

"As principais economias do mundo deveriam se reunir urgentemente para mediar um acordo sobre várias questões cambiais e macroeconômicas sensíveis, levando a um apoio e a um engajamento mais amplo do G-20 na cúpula de Seul em novembro", escreveu Dallara na carta a Boutros-Ghali.

O IIF disse que o ambiente de juros baixos nos EUA e na Europa, o yuan subvalorizado na China e o crescimento e as taxas de juro elevadas em países como Brasil e Índia estão empurrando para a direção errada o reequilíbrio do balanço de pagamentos, que é uma preocupação crucial do G-20.

Para a associação, os bancos centrais, entre eles o Federal Reserve (Fed) norte-americano, precisam levar em conta, ao adotar medidas de afrouxamento quantitativo da política monetária, a resultante elevação significativa dos fluxos de capital para países emergentes, que contribui para as pressões sobre o câmbio e os mercados de crédito desses países.

O IIF também advertiu que uma corrida em massa e descoordenada de países com grande dívida pública para fazer cortes em seus orçamentos e elevar impostos ameaçaria uma intensificação dos ventos contrários diante do crescimento global.

Além disso, a falta de coordenação na reestruturação da regulamentação do setor financeiro, apesar das novas normas de capital e liquidez elaboradas pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, provavelmente provocaria distorções nos mercados financeiros, criaria uma arbitragem regulatória e minaria a confiança dos mercados necessária para ajudar a tirar as economias da recessão. A carta do IIF foi enviada poucos dias antes das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial em Washington. As informações são da Dow Jones.

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