Oscar Pistorius: "Fiquei muito aborrecida quando li que pessoas estavam dizendo que Oscar fez aulas de interpretação", disse assistente (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 14h17.
Johanesburgo - A assistente social Yvette Schalkwyk, designada pelo governo para dar apoio emocional a Oscar Pistorius depois que ele matou a namorada, Reeva Steenkamp, disse a um tribunal nesta quinta-feira, no qual o astro sul-africano do atletismo está sendo julgado, que ele ficou arrasado após o assassinato.
Yvette, que tem visitado Pistorius desde a morte de Reeva, em 14 de fevereiro do ano passado, rejeitou insinuações de que ele esteja usando suas emoções para se desviar de duros questionamentos na corte, na qual ele repetidamente tem irrompido em lágrimas.
"Fiquei muito aborrecida quando li que pessoas estavam dizendo que Oscar fez aulas de interpretação", disse ela na Alta Corte de Pretória. "Eu queria vir aqui e falar do que eu vi." Ela declarou que o atleta olímpico e paralímpico, de 27 anos, lhe falou que sentia falta da namorada e ficava chorando "80 por cento do tempo". Reeva, que era formada em direito e trabalhava como modelo, morreu quase instantaneamente depois de ser atingida por quatro balas de 9 milímetros disparadas através da porta do banheiro.
Pistorius diz que foi um erro trágico, pois confundiu Reeva com um intruso que tivesse invadido sua luxuosa casa em Pretória. A promotoria alega que ele disparou num momento de fúria depois que o casal teve uma discussão.
O promotor Gerrie Nel qualificou a informação de Yvette como irrelevante, mas a juíza Thokozile Masipa disse que o ponto de vista dela é válido, já que Nel tinha acusado o atleta de se descontrolar emocionalmente todas as vezes que está sob pressão de testemunhas.
Se for condenado, Pistorius pode pegar a prisão perpétua.