Assange gera tensões sobre asilo de Snowden, diz jornal
O papel desempenhado por Assange teria reduzido a possibilidade de concessão de asilo político ao americano no Equador
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2013 às 16h02.
Washington - O papel desempenhado pelo fundador do portal Wikileaks, Julian Assange , sobre o caso do ex-técnico da CIA Edward Snowden gerou tensões dentro do governo do Equador que dificultaram o processo e reduziram as possibilidade de concessão de asilo político ao americano, publicou nesta sexta-feira o jornal "The Wall Street Journal".
De acordo com correspondências trocadas por membros da diplomacia equatoriana, às quais o jornal teve acesso, alguns funcionários do Equador mostraram estar preocupados com o fato de Assange, que está há mais de um ano refugiado na embaixada do país em Londres, aparecer como mediador das negociações.
"Deveríamos falar com Assange para que haja um controle melhor das comunicações. Para quem está de fora, parece que é ele que está "comandando o espetáculo"", escreveu Nathalie Cely, embaixadora do Equador em Washington, em correspondência enviada ao porta-voz da Presidência Fernando Alvarado.
Em outra correspondência, desta vez enviada para o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, o fundador do Wikileaks pede desculpas "caso tenha gerado, inconscientemente, uma situação de mal-estar no Equador por causa de Snowden".
Assange afirmou, no fim de semana passado, que Snowden está no aeroporto de Moscou desde o último domingo e pretendia pedir asilo à Quito.
O canal de televisão americano em espanhol "Univisión", também revelou a existência de um documento assinado pelo cônsul do Equador em Londres, Fidel Narváez, no qual a "permissão de passagem" era concedida a Snowden para que pudesse chegar ao país.
A autenticidade deste documento, no entanto, foi rapidamente posta em dúvida pelo governo do Equador.
O próprio presidente do país, Rafael Correa, afirmou ontem que mesmo que o documento existisse, não teria validade alguma.
"De que vale um salvo-conduto emitido por um cônsul em Londres para alguém que viajou de Hong Kong para Moscou? Nada", disse o presidente.
Além disso, Correa disse que a situação de Snowden - que confirmou em Hong Kong ter revelado à imprensa programas secretos de espionagem do governo dos EUA - é "complexa" e não quis dizer se tem intenção de conceder asilo político ao americano.
O Departamento de Estado dos EUA garantiu por meio de um porta-voz que se o Equador conceder asilo a Snowden isso "resultaria em graves dificuldades" para as relações bilaterais.
Washington - O papel desempenhado pelo fundador do portal Wikileaks, Julian Assange , sobre o caso do ex-técnico da CIA Edward Snowden gerou tensões dentro do governo do Equador que dificultaram o processo e reduziram as possibilidade de concessão de asilo político ao americano, publicou nesta sexta-feira o jornal "The Wall Street Journal".
De acordo com correspondências trocadas por membros da diplomacia equatoriana, às quais o jornal teve acesso, alguns funcionários do Equador mostraram estar preocupados com o fato de Assange, que está há mais de um ano refugiado na embaixada do país em Londres, aparecer como mediador das negociações.
"Deveríamos falar com Assange para que haja um controle melhor das comunicações. Para quem está de fora, parece que é ele que está "comandando o espetáculo"", escreveu Nathalie Cely, embaixadora do Equador em Washington, em correspondência enviada ao porta-voz da Presidência Fernando Alvarado.
Em outra correspondência, desta vez enviada para o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, o fundador do Wikileaks pede desculpas "caso tenha gerado, inconscientemente, uma situação de mal-estar no Equador por causa de Snowden".
Assange afirmou, no fim de semana passado, que Snowden está no aeroporto de Moscou desde o último domingo e pretendia pedir asilo à Quito.
O canal de televisão americano em espanhol "Univisión", também revelou a existência de um documento assinado pelo cônsul do Equador em Londres, Fidel Narváez, no qual a "permissão de passagem" era concedida a Snowden para que pudesse chegar ao país.
A autenticidade deste documento, no entanto, foi rapidamente posta em dúvida pelo governo do Equador.
O próprio presidente do país, Rafael Correa, afirmou ontem que mesmo que o documento existisse, não teria validade alguma.
"De que vale um salvo-conduto emitido por um cônsul em Londres para alguém que viajou de Hong Kong para Moscou? Nada", disse o presidente.
Além disso, Correa disse que a situação de Snowden - que confirmou em Hong Kong ter revelado à imprensa programas secretos de espionagem do governo dos EUA - é "complexa" e não quis dizer se tem intenção de conceder asilo político ao americano.
O Departamento de Estado dos EUA garantiu por meio de um porta-voz que se o Equador conceder asilo a Snowden isso "resultaria em graves dificuldades" para as relações bilaterais.