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Assad toma posse para 3º mandato visando atacar terrorismo

Bashar al-Assad tomou posse hoje como presidente da Síria para seu terceiro mandato, que será usado, segundo ele, para lutar contra o terrorismo


	O presidente sírio, Bashar al-Assad: "não pararemos a luta contra o terrorismo"
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O presidente sírio, Bashar al-Assad: "não pararemos a luta contra o terrorismo" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 14h29.

Damasco - O líder sírio, Bashar al-Assad, tomou posse nesta quarta-feira como presidente para seu terceiro mandato de sete anos após vencer as eleições em junho, que usará para lutar contra "o terrorismo" e levar o país "a um futuro melhor".

"Renovo meu apelo aos que foram enganados a fim de usar as armas contra o Estado para que se rendam, porque não pararemos a luta contra o terrorismo até que restabeleçamos a segurança", disse em discurso durante a cerimônia.

Assad, de 48 anos, fez juramento de acordo com a Constituição e com a mão direita sobre o Corão.

O ato aconteceu em uma sala do Palácio Presidencial de Damasco, aonde foram os membros do parlamento e outros convidados, e onde se destacava um retrato gigante de seu pai e antecessor no cargo, Hafez al-Assad (1971-2000).

Durante a alocução, Assad expôs as linhas mestras de suas políticas na próxima etapa, na qual não parece que vá mudar sua gestão do conflito.

Para o líder, a Síria está sofrendo uma agressão "que não tem como alvo nem as pessoas nem o governo, mas a pátria". Ele descreveu as eleições presidenciais de 3 de junho como "uma bala no peito dos terroristas e a aqueles que estão por trás deles".

Assad venceu com 88,7% dos votos, muito à frente de seus dois oponentes, em uma votação desenvolvida unicamente nas regiões sob controle governamental e com uma participação de 73,42%.

"Olhamos o futuro com maior confiança - acrescentou. Achamos que o futuro será nosso e estará nas mãos dos sírios e de ninguém mais".

A intenção do presidente sírio é promover em seu terceiro mandato um diálogo nacional, ao qual precisou que não estarão convidados os que "demonstraram não ser patriotas".

Dirigindo-se aos líderes exilados da oposição, adiantou que seu governo dialogará "com as forças sírias que estão no exterior como se fossem representantes dos países a que são fiéis".

Em várias ocasiões, Assad, com semblante relaxado, foi interrompido pelos aplausos do público, e inclusive por elogios dos presentes, como um que lhe gritou: "És um presente do Céu para nós".

Em referência à presença na Síria do grupo radical Estado Islâmico, que proclamou um califado muçulmano neste país e no Iraque, Assad se apresentou como bastião no mundo contra o extremismo.

Além disso, advertiu aos Estados que apoiam o "terrorismo" que pode voltar contra deles: "Em breve, veremos a países árabes, regionais e ocidentais, que apoiam o terrorismo, pagar um preço caro", alertou sem precisar os nomes desses estados.

Ao longo da hora e meia de discurso, Assad detalhou também as que serão suas políticas em vários âmbitos.

Uma de suas prioridades será combater a corrupção econômica e administrativa, que, indicou, acaba corrompendo o patriotismo.

No plano econômico, anunciou que serão os investimentos, os projetos de reconstrução e será estimulada a criação de postos de trabalho com subsídio às pequenas e médias empresas.

Após o juramento, espera-se que o Executivo apresente em breve sua renúncia ao presidente, que precisará designar um novo primeiro-ministro.

Assad foi eleito pela primeira vez à presidência síria em 17 de julho de 2000, após a morte de seu pai, em 10 de junho do mesmo ano.

As últimas eleições foram as primeiras com mais de um candidato em meio século na Síria, graças à nova lei eleitoral, sancionada em março passado pelo parlamento, e a Constituição, aprovada em um referendo em 2012.

O pleito de junho aconteceu em meio a um conflito, que já vai por seu quarto ano e que, segundo ativistas, já deixou mais de 171 mil mortos.

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