Assad ordena eleições em cinco províncias da Síria
Um decreto presidencial, divulgado pela agência de notícias "Sana", explicou que o pleito foi convocado para completar as cinco cadeiras do Parlamento sírio
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2012 às 16h08.
Cairo - O presidente da Síria , Bashar al Assad, ordenou nesta quarta-feira a realização de eleições legislativas complementares para o dia 1º de dezembro em cinco províncias do país, incluindo Alepo e Idlib, palco de intensos confrontos entre Exército e rebeldes.
Um decreto presidencial, divulgado pela agência de notícias "Sana", explicou que o pleito foi convocado para completar as cinco cadeiras do Parlamento sírio, eleito no último mês de maio.
A votação será realizada em duas circunscrições de Alepo e em uma em Idlib, no norte da Síria, assim como em uma de Hama e outra em Al Hasaka, situadas no centro e nordeste do país, respectivamente.
Apesar do texto não explicar os motivos pelos quais as citadas cadeiras ficaram vazias, a circunscrição de Alepo deverá preencher a vaga deixada pela deputada Ijlas Badaui, que anunciou sua deserção no último mês julho.
A agência também informou hoje que as Forças Armadas conseguiram abater "dezenas de terroristas", como se referem à oposição armada, e apreender quantidades indeterminadas de armas nas cidades de Alepo, Homs e em aldeias de Idlib.
Já os grupos opositores denunciaram que as tropas do regime continuam bombardeando várias províncias, especialmente Deir ez Zor, Damasco, Alepo e Idlib.
Em Deir ez Zor, os Comitês de Coordenação Local e a Comissão Geral da Revolução Síria informaram que os bombardeios aéreos contra a cidade de Mayadin causaram inúmeras mortes, a maioria menores de idade.
Os Comitês e a Comissão elevaram o número de vítimas na jornada de hoje para mais de 70, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos documentou a morte de 50 de civis e rebeldes, assim como de 20 soldados das tropas governamentais.
Segundo os dados da ONU, a crise na Síria, que foi iniciada em março de 2011, já causou a morte de 25.000 pessoas, enquanto 2,5 milhões seguem precisando de ajuda humanitária e mais de 250 mil buscaram refúgio nos países vizinhos.