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As duas mulheres mortas a facadas no Egito eram alemãs

As duas turistas morreram em um ataque com faca que também deixou outras quatro mulheres feridas

Ilha no Egito: agressor, cuja identidade é desconhecida, nadou até o local, a praia particular de um hotel (Dan Kitwood/Getty Images)

Ilha no Egito: agressor, cuja identidade é desconhecida, nadou até o local, a praia particular de um hotel (Dan Kitwood/Getty Images)

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AFP

Publicado em 15 de julho de 2017 às 11h36.

As duas mulheres assassinadas nesta sexta-feira em um balneário no Egito são alemãs, anunciou neste sábado o ministério alemão das Relações Exteriores.

As duas turistas morreram em um ataque com faca que também deixou outras quatro mulheres feridas em uma praia do balneário de Hurghada, no leste do Egito.

O agressor, cuja identidade é desconhecida, nadou até o local, a praia particular de um hotel, a partir de uma praia pública vizinha, informou o Ministério do Interior egípcio. As forças de segurança conseguiram detê-lo e o estão interrogando para entender a motivação do ataque.

Seja qual for a causa do ataque, este pode ser um duro golpe para o Egito, que tentava voltar a atrair os turistas após anos de instabilidade.

Reinava certa confusão sobre a nacionalidade das vítimas. O jornal do governo Al-Ahram afirmou em sua edição online que duas turistas ucranianas morreram e outras quatro pessoas ficaram feridas. Mas o embaixador de Kiev no Cairo assegurou à uma emissora privada da Ucrânia que nenhum de seus cidadãos faleceu em Hurghada.

Um responsável do Ministério egípcio de Saúde indicou depois, sob anonimato, que "as duas estrangeiras assassinadas eram alemães".

As autoridades armênias assinalaram que dois de seus cidadãos estavam entre os feridos e o Ministério das Relações Exteriores tcheco anunciou que um cidadão sofreu um ferimento leve.

Horas antes, ainda na sexta-feira, três homens armados mataram cinco policiais egípcios no sul do Cairo.

Abriram fogo contra um carro da polícia e depois fugiram, matando um suboficial, três recrutas e um agente, segundo o Ministério do Interior.

O atentado aconteceu perto da cidade de Badrashin, a 20 km ao sul da capital, onde a polícia já foi atacada em outras ocasiões. Ninguém reivindicou o ataque até agora.

Desde que o Exército egípcio derrubou, em 2013, o presidente Mohamed Morsi, membro da Irmandade Muçulmana, grupos extremistas multiplicaram os ataques contra militares e policiais, matando centenas deles, sobretudo no Sinai.

Na sexta da semana passada, o braço egípcio do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou um ataque no norte do Sinai, no qual morreram 21 policiais, e o grupo extremista Hasam assumiu a autoria do assassinato de um oficial de polícia ao norte do Cairo.

Após um duplo ataque suicida reivindicado pelo EI contra duas igrejas coptas ao norte da capital, que deixaram 45 mortos em abril, o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, declarou estado de emergência durante três meses e o prolongou até julho.

Em janeiro de 2016, três turistas foram feridos em Hurghada em um ataque com arma branca executado por duas pessoas suspeitas de manter vínculos com o EI.

Esta estação balneária é muito popular entre os turistas ucranianos e europeus em geral.

O Egito reforçou a segurança em seus lugares turísticos depois de vários atentados cometidos nos últimos anos, que atingiram um setor-chave para a economia do país.

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