São Paulo - O que mais preocupa os africanos? De acordo com o último relatório da Afrobarometer, uma rede de pesquisa não-partidária sobre governança no continente, a resposta é o desemprego. Em segundo lugar, aperece a saúde, especialmente após um ano assombrado pelo ebola. Os dados provêm de mais de 47.000 entrevistas realizadas em 32 países africanos sobre as maiores preocupações -- 37% dos respondentes apontaram a dificuldade de encontrar emprego ou o risco de perder o atual como principal problema. Como é de se esperar, pessoas de diferentes níveis socioeconômicos têm percepções diferentes sobre os problemas mais importantes do seu país. Os resultados mostram, por exemplo, que os africanos mais pobres estão mais preocupados com saúde e abastecimento de água -- básicos para a sobrevivência -- do que com desemprego ou a educação. Veja nas imagens e confira as 10 maiores preocupações dos africanos e onde elas são mais acentuadas.
A dificuldade para encontrar emprego ou o medo de perder o trabalho atual são as principais preocupações na África, apontadas por 37% dos entrevistados. Cabo Verde (72%) e África do Sul (71%) são os mais preocupados com o desemprego.
A segunda maior preocupação são os serviços de saúde, apontados por 31% dos entrevistados. Os países onde o assunto mais tira o sono da população incluem Serra Leone, Tanzânia, Uganda e Senegal.
Educação aparece em terceiro lugar no ranking das preocupações, sendo apontada por 21% dos entrevistados. Essa taxa é relativamente alta em Serra Leoa, onde chega a 54%.
O cultivo de alimentos e a vulnerabilidade natural dessa atividade preocupa 17% dos africanos, sendo mais acentuada na Libéria (39%) e no Senegal (37%).
A escassez de alimento e a fome são fonte de preocupação para 15% dos respondentes. O problema é sentido com mais força em Malawi (52%), Nigéria (51%) e Mali (45%).
Ciminalidade e violência são citados como problema por 15% dos africanos. Mas no Quênia (40%) e em Madagascar (36%), a segurança é a preocupação número um.
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