The Economist: pandemia provocou mudanças na classificação das cidades com maior custo de vida (Kiran Ridley/Getty Images)
André Martins
Publicado em 23 de novembro de 2020 às 18h53.
Última atualização em 23 de novembro de 2020 às 20h00.
A pandemia de covid-19 mudou toda a dinâmica mundial, inclusive o preço para se viver nas maiores cidades do mundo. É o que mostra a nova pesquisa sobre o custo de vida da The Economist Intelligence, a divisão de pesquisa e análise da revista inglesa The Economist.
Segundo o estudo, o índice de custo de vida mundial mostra que neste ano os preços de 138 bens e serviços em cerca de 130 grandes cidades em setembro de 2020 aumentaram 0,3 ponto em média comparada ao ano passado.
As cidades com o custo mais elevado são Paris, capital da França, Zurique, na Suíça, e Hong Kong, na China. No relatório anterior, Cingapura e Osaka ocupavam as posições de Paris e Zurique, mas caíram na classificação.
A explicação para as principais alterações da pesquisa está vinculada à pandemia. Segundo relatório, enquanto o dólar americano enfraqueceu, as moedas europeias e do norte da Ásia valorizaram, o que elevou os preços dos bens e serviço
O Brasil está na lista representado por São Paulo e Rio de Janeiro, que ao lado de Teerã, no Irã, foram as cidades que tiveram maior oscilação na classificação considerando os últimos 12 meses. São Paulo e Rio de Janeiro tornaram-se cidades mais baratas, pulando da 96ª para a 119ª. Segundo o estudo, a desvalorização do real e empobrecimento da população são os vetores dessa mudança.
Teerã, diferentemente das cidades brasileiras, tornou-se mais cara, estava na 106ª posição e subiu para 79ª. A explicação está nas sanções impostas pelos Estados Unidos, que interromperam as importações do país.
O estudo concluiu também que a mudança de estilo de vida causada pela pandemia foi determinante para mudanças de preços de bens e serviços. Com uma queda acentuada de renda em alguns países — mesmo com ajuda governamental — a população preferiu economizar, cortando gastos não essenciais.
Em 2021, a pesquisa não espera um cenário diferente do atual. Com a imprevisibilidade da pandemia em curso, o estudo aponta que o custos nas cidades podem continuar aumentando.
1º Zurique
1º Paris
1º Hong Kong
4º Cingapura
5º Tel-Aviv
5º Osaka
7º Genebra
7º Nova York
9º Copenhague
9º Los Angeles