As 10 catástrofes naturais mais mortais em 40 anos
Em quatro décadas, 8.835 desastres naturais relacionados a extremos do clima mataram quase 2 milhões de pessoas. Mais de metade disso é culpa de apenas 10
Vanessa Barbosa
Publicado em 15 de julho de 2014 às 19h25.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h07.
São Paulo - Estudo recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM) mostra que entre 1970 e 2012, 8.835 desastres naturais relacionados a mudanças no tempo e no clima levaram ao óbito quase 2 milhões de pessoas em todo o mundo. Mais de metade das mortes podem ser atribuídas a apenas 10 tragédias. Veja a seguir quais foram as catástrofes naturais mais mortais e onde elas causaram mais dor e ruína.
Número de mortos: 300 mil
Da seca mais fatal da Etiópia saíram imagens que chocaram o mundo: crianças, homens e mulheres esqueléticos, vítimas da fome que tomou conta do país após a quebra das safras agrícolas. O número escandaloso de óbitos foi atribuído à demora do governo em agir e também à leniência de outras nações em prestar socorro.
Da seca mais fatal da Etiópia saíram imagens que chocaram o mundo: crianças, homens e mulheres esqueléticos, vítimas da fome que tomou conta do país após a quebra das safras agrícolas. O número escandaloso de óbitos foi atribuído à demora do governo em agir e também à leniência de outras nações em prestar socorro.
Número de mortos: 300 mil Em novembro de 1970, um poderoso ciclone chamado Bhola inundou muitas ilhas no Delta do Rio Ganges, destruindo inúmeros vilarejos e plantações. A cidade mais afetada foi Thana de Tazumuddin, onde 45% de sua população morreu como consequência da passagem do ciclone. Na época, os danos econômicos foram estimados em US$86,4 milhões.
Número de mortos: 150 mil Num lugar onde mais de 80% da população mora no campo e depende da agricultura e criação de animais para sobreviver, a escassez de água é tragédia anunciada. A grande seca de 1984, no Sudão, levou à fome, epidemias, deslocamentos em massa, conflitos tribais e, inevitavelmente, o aumento da mortalidade
Número de mortos: 198.866 Em 29 de agosto de 1991, um ciclone devastador atingiu Bangladesh, matando centenas de milhares de pessoas e causando mais de US$ 1,5 bilhão em danos econômicos. Mais de 10 milhões de pessoas ficaram desabrigadas e devido a perda das colheitas e de animais para abate, a fome se tornou um perigo crítico para os sobreviventes.
Número de mortos: 138.366 No fim do mês de abril de 2008, o ciclone tropical Nargis, com ventos de mais de 200km/h, causou devastação ao longo do delta do rio Irauádi, em Mianmar, uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. Foi o pior desastre natural na história do país.
Número de mortos: 100.000 Em 1975, a monarquia foi abolida e proclamou-se a república socialista na Etiópia. A guerra civil que se instaurou no país aprofundou as crises agrícolas, perpetrando a fome.
Número de mortos: 100.000 Em 1983, a combinação de uma grave seca com o fenômeno El Niño prolongou e intensificou a estiagem, levando à fome generalizada no sul de Moçambique. Para piorar, guerras internas impediram que a ajuda alimentar chegasse às populações afetadas.
Número de mortos: 55.376 O verão de 2010 foi um verdadeiro inferno na Rússia. A onda de calor sem precedentes causou incêndios florestais e quebras recordes na produção de grãos. A formação de um sistema de alta pressão que persistiu por semanas não só elevou as temperaturas como comprometeu a qualidade do ar. O resultado é um cenário explosivo para pessoas com problemas cardiorrespiratórios.
Número de mortos: 30.000 Chuvas torrenciais atingiram a Venezuela ao longo das duas primeiras semanas de dezembro de 1999. Cheias súbitas e numerosos deslizamentos de terra deixaram dezenas de milhares de mortos e desaparecidos na costa do país, onde se concentra a maior parte da população. Aldeias inteiras foram varridas do mapa durante a tragédia, à qual os jornais se referiam como “Natal negro”.
Número de mortos: 28.700 Em 1974, as chuvas de monção castigaram Bangladesh. Os danos causados pelas enchentes na produção agrícola, inevitavelmente, colocaram grande pressão sobre o sistema alimentar e o período ficou conhecido como o “ano da fome”.
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