Mundo

Artista dissidente chinês volta ao Twitter após ser libertado

Ele postou várias mensagens neste domingo, entre elas: "Dez bolinhos de almoço, ganhei de volta três quilos"

O artista plástico dissidente chinês Ai Weiwei (AFP/Peter Parks)

O artista plástico dissidente chinês Ai Weiwei (AFP/Peter Parks)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2011 às 18h17.

PEQUIM (AFP) - O artista plástico dissidente chinês Ai Weiwei voltou ao site Twitter, depois do longo silêncio em que mergulhou após ser libertado, em junho, sob a condição de não dar entrevistas.

Ai acessou o Twitter neste sábado pela primeira vez depois que foi preso no aeroporto internacional de Pequim, em 3 de abril, quando tentava embarcar para Hong Kong. Ele postou várias mensagens neste domingo, entre elas: "Dez bolinhos de almoço, ganhei de volta três quilos."

O Twitter está bloqueado oficialmente na China, mas muitos internautas conseguem acessar o site por meio de Virtual Private Networks (VPNs). Uma foto de dois pés descalços sobre uma balança indicando 97kg estava entre as três imagens que Ai publicou no site.

Autoridades informaram que o artista plástico, um crítico do Partido Comunista Chinês, foi preso por evasão de impostos. Mas grupos de defesa dos Direitos Humanos afirmam que Ai, de 54 anos, foi capturado como parte de uma perseguição a ativistas iniciada em fevereiro.

Segundo o governo, Ai foi libertado em 22 de junho por ter aceito as acusações contra ele, por sua vontade em pagar os impostos que deve, e por motivos médicos, uma vez que sofre de diabetes.

Pouco foi divulgado sobre os três meses em que o artista ficou preso. Ai diz que não pode dar entrevistas ou deixar Pequim sem autorização oficial. No mês passado, ele aceitou um emprego na Universidade das Artes de Berlim. "Espero poder contribuir para algo importante no futuro", disse na ocasião, acrescentando não saber quando iria poder viajar para a capital alemã.

Autoridades chinesas acusaram uma empresa de design, que alegam ser controlada por Ai, de evasão de impostos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCensuraChinaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetInternetRedes sociaisTwitter

Mais de Mundo

Ex-presidente uruguaio 'Pepe' Mujica se recupera após cirurgia de câncer de esôfago

O mercado chinês com 75 mil lojas que vende de tudo - até sua decoração de Natal

Trump pede que Suprema Corte pause até a posse presidencial lei que pode proibir TikTok

Dilma e Orsi discutem possível entrada do Uruguai no Banco dos Brics