Arrefecimento atual do Brasil é fase de transição, diz Dilma
Segundo a presidente, o arrefecimento se deve a uma série de ajustes feitos para o país se adaptar à crise internacional, mas deve haver recuperação em 2013
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 12h09.
Paris - A presidente Dilma Rousseff considerou que o arrefecimento econômico que o país sofreu neste ano se deve a uma "fase de transição" por conta de uma série de ajustes para se adaptar à crise internacional, mas afirmou que no próximo ano haverá uma recuperação de 4%.
"A crise internacional provocou um arrefecimento da economia brasileira em 2011. Tivemos que adotar medidas estruturais como a redução das taxas de juros", o que representou "mudanças de rentabilidade", afirmou Dilma em entrevista publicada nesta quinta pelo jornal francês "Le Monde", por conta de sua visita oficial de dois dias na França, que foi concluída ontem.
Com a queda da rentabilidade do capital, "o aumento do investimento produtivo ainda não compensa a baixa dos investimentos financeiros" e, além disso, "a desvalorização artificial das moedas de países desenvolvidos" revalorizou o real e foi "prejudicial " para o Brasil.
Segundo os cálculos do governo, a economia brasileira crescerá em torno de 1% neste ano.
Frente a essa situação, Dilma insistiu em sua vontade de "vencer os obstáculos para o crescimento com a redução de cargas salariais, a expansão do crédito e a desvalorização da moeda".
A presidente disse que seu objetivo é de melhorar a competitividade, porque embora "não seja um fim em si mesmo", é uma condição de "crescimento acelerado que pode continuar com a inclusão social e a expansão de mercado".
Com relação a isso, comentou que a "dimensão de nosso mercado, as oportunidades em infraestruturas e a força de nossa indústria explicam que o Brasil tenha se transformado em um dos principais destinos do investimento estrangeiro", com 66 bilhões de euros no ano passado e 63 bilhões de euros nos nove primeiros meses de 2012.
Durante sua visita à França, a presidente comentou os desafios que a Europa enfrenta e disse que embora "o euro seja um trunfo estratégico", isso "não dispensa de se orientar-se rumo aos países emergentes, sobretudo os Brics" (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul", que são os que puxam a economia global.
Dilma afirmou que os Brics "são a construção de uma vontade política comum" apesar das diferenças entre seus países, que em qualquer caso "elevaram o nível de vida de suas sociedades e têm ambição de se transformarem em países desenvolvidos".
Questionada sobre o impacto que a construção da hidrelétrica de Belo Monte terá na Amazônia e sobre os indígenas, Dilma disse que os índios mais próximos estão a 70 quilômetros da central de geração elétrica e o que reservatório não inundará suas terras.
Além disso, a presidente disse que foram feitas todas as auditorias públicas para preservar o meio ambiente e que "desde 2004, o desmatamento foi rezudido ao máximo".
Paris - A presidente Dilma Rousseff considerou que o arrefecimento econômico que o país sofreu neste ano se deve a uma "fase de transição" por conta de uma série de ajustes para se adaptar à crise internacional, mas afirmou que no próximo ano haverá uma recuperação de 4%.
"A crise internacional provocou um arrefecimento da economia brasileira em 2011. Tivemos que adotar medidas estruturais como a redução das taxas de juros", o que representou "mudanças de rentabilidade", afirmou Dilma em entrevista publicada nesta quinta pelo jornal francês "Le Monde", por conta de sua visita oficial de dois dias na França, que foi concluída ontem.
Com a queda da rentabilidade do capital, "o aumento do investimento produtivo ainda não compensa a baixa dos investimentos financeiros" e, além disso, "a desvalorização artificial das moedas de países desenvolvidos" revalorizou o real e foi "prejudicial " para o Brasil.
Segundo os cálculos do governo, a economia brasileira crescerá em torno de 1% neste ano.
Frente a essa situação, Dilma insistiu em sua vontade de "vencer os obstáculos para o crescimento com a redução de cargas salariais, a expansão do crédito e a desvalorização da moeda".
A presidente disse que seu objetivo é de melhorar a competitividade, porque embora "não seja um fim em si mesmo", é uma condição de "crescimento acelerado que pode continuar com a inclusão social e a expansão de mercado".
Com relação a isso, comentou que a "dimensão de nosso mercado, as oportunidades em infraestruturas e a força de nossa indústria explicam que o Brasil tenha se transformado em um dos principais destinos do investimento estrangeiro", com 66 bilhões de euros no ano passado e 63 bilhões de euros nos nove primeiros meses de 2012.
Durante sua visita à França, a presidente comentou os desafios que a Europa enfrenta e disse que embora "o euro seja um trunfo estratégico", isso "não dispensa de se orientar-se rumo aos países emergentes, sobretudo os Brics" (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul", que são os que puxam a economia global.
Dilma afirmou que os Brics "são a construção de uma vontade política comum" apesar das diferenças entre seus países, que em qualquer caso "elevaram o nível de vida de suas sociedades e têm ambição de se transformarem em países desenvolvidos".
Questionada sobre o impacto que a construção da hidrelétrica de Belo Monte terá na Amazônia e sobre os indígenas, Dilma disse que os índios mais próximos estão a 70 quilômetros da central de geração elétrica e o que reservatório não inundará suas terras.
Além disso, a presidente disse que foram feitas todas as auditorias públicas para preservar o meio ambiente e que "desde 2004, o desmatamento foi rezudido ao máximo".