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Arquitetos reprovam ar-condicionado na Copa de 2022

Profissionais apostam que os estádios podem ficar protegidos do forte calor com assentos sombreados e utilizando tradicionais métodos árabes de ventilação

O Catar é atingido por temperaturas que batem nos 50º C, fato que já é motivo de preocupação para todos jogadores, torcedores e profissionais do torneio (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 14h22.

Zurique - Depois de todas as discussões sobre os efeitos do forte calor que deverá atingir os estádios da Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Catar, arquitetos designados para erguer as arenas da competição estão tentando convencer os organizadores a desistir da ideia de usar ar-condicionado para aplacar as desérticas temperaturas do País.

No período de disputa da Copa do Mundo, que habitualmente é realizada entre junho e julho, o Catar é atingido por temperaturas que batem nos 50º Celsius, fato que já é motivo de preocupação para todos jogadores, torcedores e profissionais que poderão estar envolvidos com o torneio.

O arquiteto John Barrow, líder da empresa que está projetando o Sports City Stadium, em Doha, defendeu nesta terça-feira que o uso de ar-condicionado para estádios é muito caro e "notoriamente insustentável" para o meio ambiente quando utilizado em larga escala.

"Eu acho que você pode ser mais inteligente (para combater o calor). Trata-se de movimento de ar, umidade do ar e sobre temperatura no momento certo do dia", opinou Barrow, dizendo que o certo é saber usar essa combinação de fatores da maneira certa, sem precisar usar ar-condicionado para esfriar os estádios.

Barrow fala com a experiência de quem lidera uma empresa que já foi contratada para realizar projetos grandes, como o do novo estádio do New York Yankees, tradicional time de beisebol norte-americano, do Estádio Olímpico de Londres e do Emirates Arena, tradicional palco do Arsenal, da Inglaterra.

O arquiteto aposta que os estádios podem ficar protegidos do forte calor com assentos sombreados e utilizando tradicionais métodos árabes de ventilação já usados contra as altas temperaturas. Para substituir o uso de ar-condicionado, Barrow e seu time de arquitetos estão propondo outras alternativas, como por exemplo o uso de torres eólicas que movimentem o ar e funcionem como ventiladores.

Anteriormente, quando venceram a disputa para receber o Mundial, os organizadores da Copa do Mundo do Catar prometeram que os 12 estádios que receberão jogos da competição serão adaptados para ter uma temperatura média de 26ºC. Agora, porém, Barrow diz que os torcedores poderão ficar confortáveis diante de uma temperatura de 30ºC.

Mas, independentemente da adoção ou não do uso do ar-condicionado nos estádios do Catar para o Mundial, a preocupação com o calor motivou até mesmo a discussão sobre a possibilidade de a competição ser disputada durante o inverno no país, mas a Fifa descartou essa possibilidade, tendo em vista o fato de que a realização da Copa no meio do ano já está adequada ao calendário do futebol mundial.

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No período de disputa da Copa do Mundo, que habitualmente é realizada entre junho e julho, o Catar é atingido por temperaturas que batem nos 50º Celsius, fato que já é motivo de preocupação para todos jogadores, torcedores e profissionais que poderão estar envolvidos com o torneio.

O arquiteto John Barrow, líder da empresa que está projetando o Sports City Stadium, em Doha, defendeu nesta terça-feira que o uso de ar-condicionado para estádios é muito caro e "notoriamente insustentável" para o meio ambiente quando utilizado em larga escala.

"Eu acho que você pode ser mais inteligente (para combater o calor). Trata-se de movimento de ar, umidade do ar e sobre temperatura no momento certo do dia", opinou Barrow, dizendo que o certo é saber usar essa combinação de fatores da maneira certa, sem precisar usar ar-condicionado para esfriar os estádios.

Barrow fala com a experiência de quem lidera uma empresa que já foi contratada para realizar projetos grandes, como o do novo estádio do New York Yankees, tradicional time de beisebol norte-americano, do Estádio Olímpico de Londres e do Emirates Arena, tradicional palco do Arsenal, da Inglaterra.

O arquiteto aposta que os estádios podem ficar protegidos do forte calor com assentos sombreados e utilizando tradicionais métodos árabes de ventilação já usados contra as altas temperaturas. Para substituir o uso de ar-condicionado, Barrow e seu time de arquitetos estão propondo outras alternativas, como por exemplo o uso de torres eólicas que movimentem o ar e funcionem como ventiladores.

Anteriormente, quando venceram a disputa para receber o Mundial, os organizadores da Copa do Mundo do Catar prometeram que os 12 estádios que receberão jogos da competição serão adaptados para ter uma temperatura média de 26ºC. Agora, porém, Barrow diz que os torcedores poderão ficar confortáveis diante de uma temperatura de 30ºC.

Mas, independentemente da adoção ou não do uso do ar-condicionado nos estádios do Catar para o Mundial, a preocupação com o calor motivou até mesmo a discussão sobre a possibilidade de a competição ser disputada durante o inverno no país, mas a Fifa descartou essa possibilidade, tendo em vista o fato de que a realização da Copa no meio do ano já está adequada ao calendário do futebol mundial.

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