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Armênia diz que está preparada para tudo, mas prefere a paz

"Veremos como se desenvolve a situação. Estamos preparados para qualquer solução, mas nosso desejo, claro, é que esta seja pela via pacifica", disse Sargsyan

Serzh Sargsyan e John Kerry: "Aliyev garantiu que seu país e ele, pessoalmente, não se propõe a resolver os problemas com ações militares" (Leonhard Foeger / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 14h02.

Tbilisi - O presidente da Armênia , Serzh Sargsyan, afirmou nesta terça-feira que seu país está preparado para qualquer solução do conflito com o Azerbaijão pelo enclave de Nagorno Karabakh, mas prefere que essa solução seja pacífica.

"Veremos como se desenvolve a situação. Estamos preparados para qualquer solução, mas nosso desejo, claro, é que esta seja pela via pacifica", disse Sargsyan, citado por meios de comunicação armênios, no voo de volta de Viena, onde ontem à noite se reuniu com o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev.

Sargsyan e Aliyev reiteraram em Viena seu compromisso com o cessar-fogo e a solução pacífica do conflito de Nagorno Karabakh, segundo um comunicado conjunto divulgado pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

"Em geral, eu e meus colegas ficamos satisfeitos com os resultados da reunião. Por uma série de circunstâncias, não é necessário entrar em pormenores. Aliyev garantiu que seu país e ele, pessoalmente, não se propõe a resolver os problemas com ações militares", disse o presidente armênio.

O líder destacou, no entanto, que as declarações de seu colega azerbaijano dão "poucas esperanças". "Foi dito muitas vezes, mas há vários anos que não são cumpridos os acordos".

"Mas não temos direito a nos guiar unicamente por nossas suposições ou previsões, por enquanto a guerra não é a melhor solução", acrescentou.

Os presidentes armênio e azerbaijano acordaram uma próxima rodada de conversas em junho em um local de mútuo acordo com o objetivo de retomar as negociações sobre um acordo global.

Este novo compromisso foi divulgado depois de ambos os líderes se reunirem com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov; o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário de Estado de Assuntos Europeus da França, Harlem Desir, em representação dos países co-presidentes do Grupo de Minsk da OSCE.

A atual tensão entre armênios e azerbaijanos explodiu no começo de abril, quando os sangrentos combates na fronteira entre ambos países e o Karabakh tirou a vida de 150 pessoas, em sua maioria militares.

Após mais de três dias de hostilidades, houve um acordo de cessar-fogo, que reforçou o vigente desde 1994, embora ambos os grupos violem o mesmo diariamente.

O conflito entre os dois países vizinhos do Cáucaso Sul se remonta aos tempos da antiga União Soviética, quando o território azerbaijano de Nagorno Karabakh, povoado majoritariamente por armênios, pediu sua incorporação à vizinha Armênia, após o qual explodiu uma guerra que deixou cerca de 25 mil mortos.

A disputa terminou então com a vitória das forças armênias, que não só tomaram o controle do Karabakh, mas também ocuparam vastos territórios azerbaijanos, que denominam "faixa de segurança", o que lhes permitiu unir o enclave à Armênia.

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Tbilisi - O presidente da Armênia , Serzh Sargsyan, afirmou nesta terça-feira que seu país está preparado para qualquer solução do conflito com o Azerbaijão pelo enclave de Nagorno Karabakh, mas prefere que essa solução seja pacífica.

"Veremos como se desenvolve a situação. Estamos preparados para qualquer solução, mas nosso desejo, claro, é que esta seja pela via pacifica", disse Sargsyan, citado por meios de comunicação armênios, no voo de volta de Viena, onde ontem à noite se reuniu com o presidente azerbaijano, Ilham Aliyev.

Sargsyan e Aliyev reiteraram em Viena seu compromisso com o cessar-fogo e a solução pacífica do conflito de Nagorno Karabakh, segundo um comunicado conjunto divulgado pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

"Em geral, eu e meus colegas ficamos satisfeitos com os resultados da reunião. Por uma série de circunstâncias, não é necessário entrar em pormenores. Aliyev garantiu que seu país e ele, pessoalmente, não se propõe a resolver os problemas com ações militares", disse o presidente armênio.

O líder destacou, no entanto, que as declarações de seu colega azerbaijano dão "poucas esperanças". "Foi dito muitas vezes, mas há vários anos que não são cumpridos os acordos".

"Mas não temos direito a nos guiar unicamente por nossas suposições ou previsões, por enquanto a guerra não é a melhor solução", acrescentou.

Os presidentes armênio e azerbaijano acordaram uma próxima rodada de conversas em junho em um local de mútuo acordo com o objetivo de retomar as negociações sobre um acordo global.

Este novo compromisso foi divulgado depois de ambos os líderes se reunirem com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov; o secretário de Estado americano, John Kerry, e o secretário de Estado de Assuntos Europeus da França, Harlem Desir, em representação dos países co-presidentes do Grupo de Minsk da OSCE.

A atual tensão entre armênios e azerbaijanos explodiu no começo de abril, quando os sangrentos combates na fronteira entre ambos países e o Karabakh tirou a vida de 150 pessoas, em sua maioria militares.

Após mais de três dias de hostilidades, houve um acordo de cessar-fogo, que reforçou o vigente desde 1994, embora ambos os grupos violem o mesmo diariamente.

O conflito entre os dois países vizinhos do Cáucaso Sul se remonta aos tempos da antiga União Soviética, quando o território azerbaijano de Nagorno Karabakh, povoado majoritariamente por armênios, pediu sua incorporação à vizinha Armênia, após o qual explodiu uma guerra que deixou cerca de 25 mil mortos.

A disputa terminou então com a vitória das forças armênias, que não só tomaram o controle do Karabakh, mas também ocuparam vastos territórios azerbaijanos, que denominam "faixa de segurança", o que lhes permitiu unir o enclave à Armênia.

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