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Argentinos bloqueiam vias para protestar contra Macri

As manifestações acontecem porque desde que Macri assumiu a presidência, em dezembro de 2015, mais de 1,5 milhão de pessoas entraram na linha de pobreza

Argentina: os protestos geraram engarrafamentos na periferia de Buenos Aires e na própria capital (Marcos Brindicci/Reuters)

Argentina: os protestos geraram engarrafamentos na periferia de Buenos Aires e na própria capital (Marcos Brindicci/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de março de 2017 às 14h49.

Milhares de ativistas dos movimentos sociais da Argentina participavam nesta quarta-feira de um dia de protestos com bloqueios de vias e pontes para reivindicar subsídios ao governo de Mauricio Macri.

Os protestos geraram engarrafamentos na periferia de Buenos Aires e na própria capital, onde o governo do presidente Macri recorreu a um grande efetivo de forças policiais.

"O governo tem uma enorme dívida social. Foi aprovada uma lei (em 2016) para aumentar os subsídios, mas ainda não se mobilizou um único centavo para a luta contra a indigência", disse à imprensa um dos líderes sociais, Juan Grabois, da poderosa Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), uma entidade muito próxima ao papa Francisco.

"Queremos manter o diálogo", disse Macri nesta quarta-feira em reação aos protestos, anunciando um plano empresarial-sindical para estimular a produção automotiva.,

Na Argentina, um terço da população de 42 milhões de habitantes está em situação de pobreza, segundo dados oficiais. Desde que Macri assumiu a presidência, em dezembro de 2015, mais de 1,5 milhão de pessoas entraram na linha de pobreza, segundo o Observatório Social da Universidade Católica.

O desemprego está em torno de 10%, de acordo com o instituto estatal Indec.

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