Argentina terá "mamaço" após mãe ser impedida de amamentar
Esta amamentação pública se repetirá no obelisco de Buenos Aires e em outras cidades do país como La Plata, Rosário e Córdoba
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2016 às 14h51.
Buenos Aires - Um " mamaço " em massa e apolítico foi convocado para este sábado em vários pontos da Argentina depois que uma jovem de 22 anos denunciou que a polícia de uma cidade da província de Buenos Aires a proibiu de amamentar seu filho em via pública, informou nesta terça-feira à Agência Efe a organizadora do protesto.
Em 12 de julho, Konstanz Santos saiu de um banco situado em pleno centro de São Isidro, cerca de 20 quilômetros ao norte da capital argentina, e se sentou em uma pracinha para dar o peito a seu filho de nove meses quando duas mulheres policiais se aproximaram para comunicar que era "proibido" amamentar em lugares públicos.
"Não é assim. A Prefeitura de São Isidro defende a lactação materna", garantiu à Agência Efe María De Velasco, que, sem conhecer Santos e após divulgar o ocorrido decidiu convocar um "mamaço em massa" na mesma pracinha para este sábado através de um evento no Facebook ao qual já se somaram cerca de 6 mil pessoas.
Esta amamentação pública se repetirá no obelisco de Buenos Aires e em outras cidades do país como La Plata, Rosário e Córdoba desde as quais outros cidadãos se uniram ao protesto por um feito que De Velasco define como "uma brincadeira" degradante e "inimaginável".
Segundo relatou a afetada ao jornal "El Argentino Zona Norte", depois que disseram que não podia amamentar seu bebê, perguntou às autoridades pela lei que estabelecia isso e uma delas a "agarrou" pelo braço para que levantasse.
"Tive que ir com o bebê chorando", acrescentou Santos, que diz que procurou a promotoria, o Tribunal e várias delegacias mas em nenhum lugar aceitaram a denúncia pela agressão.
De Velasco é também mãe e, como garantiu à Efe, em mais de uma ocasião sofreu "olhares de desaprovação" quando amamentava seus filhos em público e inclusive comentários qualificando de "asqueroso".
"Não entendo: há programas de televisão nos quais alguém mostra o corpo e não se assombram", critica antes de apontar que, por natureza, os peitos não são "algo sexual", mas "existem para alimentar".
De Velasco revelou que após o ocorrido, o município de São Isidro disse que investigará o fato e se solidarizou com a vítima, embora isto não freará uma mobilização à qual também aderiram organizações sem fins lucrativos como a Liga do Leite Argentina, que promove e protege a lactação materna no país.
"Temos que seguir trabalhando para que amamentar seja algo natural em qualquer espaço", afirmou a entidade em comunicado.
Apesar de não conhece Santos, após ver o impulso que estava tomando a convocação, De Velasco se comunicou com a jovem, quem lhe detalhou o ocorriddo e embora tenha celebrado o "mamaço", confessou que, por enquanto, não vai comparecer por medo da exposição que seu filho possa sofrer.
Buenos Aires - Um " mamaço " em massa e apolítico foi convocado para este sábado em vários pontos da Argentina depois que uma jovem de 22 anos denunciou que a polícia de uma cidade da província de Buenos Aires a proibiu de amamentar seu filho em via pública, informou nesta terça-feira à Agência Efe a organizadora do protesto.
Em 12 de julho, Konstanz Santos saiu de um banco situado em pleno centro de São Isidro, cerca de 20 quilômetros ao norte da capital argentina, e se sentou em uma pracinha para dar o peito a seu filho de nove meses quando duas mulheres policiais se aproximaram para comunicar que era "proibido" amamentar em lugares públicos.
"Não é assim. A Prefeitura de São Isidro defende a lactação materna", garantiu à Agência Efe María De Velasco, que, sem conhecer Santos e após divulgar o ocorrido decidiu convocar um "mamaço em massa" na mesma pracinha para este sábado através de um evento no Facebook ao qual já se somaram cerca de 6 mil pessoas.
Esta amamentação pública se repetirá no obelisco de Buenos Aires e em outras cidades do país como La Plata, Rosário e Córdoba desde as quais outros cidadãos se uniram ao protesto por um feito que De Velasco define como "uma brincadeira" degradante e "inimaginável".
Segundo relatou a afetada ao jornal "El Argentino Zona Norte", depois que disseram que não podia amamentar seu bebê, perguntou às autoridades pela lei que estabelecia isso e uma delas a "agarrou" pelo braço para que levantasse.
"Tive que ir com o bebê chorando", acrescentou Santos, que diz que procurou a promotoria, o Tribunal e várias delegacias mas em nenhum lugar aceitaram a denúncia pela agressão.
De Velasco é também mãe e, como garantiu à Efe, em mais de uma ocasião sofreu "olhares de desaprovação" quando amamentava seus filhos em público e inclusive comentários qualificando de "asqueroso".
"Não entendo: há programas de televisão nos quais alguém mostra o corpo e não se assombram", critica antes de apontar que, por natureza, os peitos não são "algo sexual", mas "existem para alimentar".
De Velasco revelou que após o ocorrido, o município de São Isidro disse que investigará o fato e se solidarizou com a vítima, embora isto não freará uma mobilização à qual também aderiram organizações sem fins lucrativos como a Liga do Leite Argentina, que promove e protege a lactação materna no país.
"Temos que seguir trabalhando para que amamentar seja algo natural em qualquer espaço", afirmou a entidade em comunicado.
Apesar de não conhece Santos, após ver o impulso que estava tomando a convocação, De Velasco se comunicou com a jovem, quem lhe detalhou o ocorriddo e embora tenha celebrado o "mamaço", confessou que, por enquanto, não vai comparecer por medo da exposição que seu filho possa sofrer.