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Argentina obtém 1º superávit financeiro semestral desde 2008

Fontes oficiais informaram nesta terça-feira que a Argentina registrou um superávit fiscal primário de 488,569mUS$ 529 milhões

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de julho de 2024 às 08h17.

Última atualização em 17 de julho de 2024 às 08h24.

A Argentina registrou ao final de junho pela primeira vez desde 2008 um semestre com superávit financeiro, e também conseguiu saldo fiscal primário positivo, devido ao severo plano de ajuste implementado pelo governo do presidente Javier Milei.

Fontes oficiais informaram nesta terça-feira que a Argentina registrou um superávit fiscal primário de 488,569 bilhões de pesos (US$ 529 milhões) em junho. No mesmo mês, no ano passado, o país teve resultado negativo de 611,742 bilhões de pesos.

Já o resultado financeiro (incluindo os pagamentos do serviço da dívida) foi positivo em junho em 238,189 bilhões de pesos, contrastando com um déficit no mesmo mês do ano passado de 708,603 bilhões de pesos.

No primeiro semestre deste ano, a Argentina conseguiu acumular um superávit primário de 6,9 trilhões de pesos, e no mesmo período de 2023 houve déficit de 1,8 trilhão de pesos.

O superávit financeiro acumulado no primeiro semestre do ano, por sua vez, foi de 2,57 trilhões de pesos, e no primeiro semestre de 2023 foi registrado saldo negativo de 3,1 trilhões de pesos.

A mudança de tendência observada no primeiro semestre deste ano deve-se ao severo plano de ajuste fiscal implementado por Milei após sua chegada ao governo em dezembro do ano passado.

“É a primeira vez desde 2008 que seis meses consecutivos de superávit financeiro foram alcançados”, disse o governo argentino.

De acordo com dados oficiais, no primeiro semestre do ano o setor público nacional acumulou um superávit primário equivalente a 1,1% do PIB e um superávit financeiro de 0,4% do PIB.

De acordo com o relatório, no primeiro semestre do ano, as despesas primárias acumularam uma redução de 32% em termos reais.

As maiores quedas reais ocorreram nas despesas de capital (-82% em relação ao ano anterior), nas transferências correntes discricionárias para as províncias (-75%) e em outras despesas correntes (-43%).

Os subsídios econômicos - que incluem os subsídios à energia - caíram 43% em termos reais em relação ao ano anterior, apesar das baixas temperaturas registradas desde maio e do fato de que as mudanças nas tarifas de energia elétrica e gás em junho não tiveram impacto sobre os números fiscais desse mês.

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